O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-B — NÚMERO 10

2

PROJETO DE VOTO N.º 59/XV/1.ª

DE PESAR PELA MORTE DA JORNALISTA SHIREEN ABU AKLEH

No dia 11 de maio vários jornalistas preparavam-se para fazer a cobertura de uma incursão do exército

israelita na cidade palestiniana de Jenin. Estavam identificados como jornalistas em serviço, com o colete de

proteção e, nas imediações, não estava mais ninguém, não havia nenhuma manifestação, nem arremesso de

pedras sobre o exército de ocupação. Entre os jornalistas estava Shireen Abu Akleh, em serviço para a Al-

Jazeera desde 1997. Jornalistas experimentados, procuravam a melhor localização, observando as regras de

segurança necessárias para o exercício da sua profissão.

Naquela manhã, atiradores da unidade 127 do exército israelita dispararam sobre Ali al-Samoudi, igualmente

jornalista da Al-Jazeera, atingindo-o nas costas. Como ele próprio afirmou, «dispararam sem aviso sobre nós,

sem que nos mandassem afastar ou que parássemos de filmar». O segundo tiro foi apontado à cabeça de

Shireen Abu Akleh. Mujahed al-Saadi, um outro jornalista presente no local, conta que os disparos dos soldados

israelitas se prolongaram «por mais de três minutos», impedindo o socorro imediato e a evacuação de Shireen

Abu Akleh. Já no hospital foi declarada morta. O seu funeral em Jerusalém foi uma impressionante manifestação

de homenagem e unidade nacional do povo palestiniano, tendo sido reprimido violentamente por soldados do

exército de Israel, incluindo sobre as pessoas que carregavam o seu caixão.

Desde o início do ano, segundo o Centro Palestino de Direitos Humanos, 40 jornalistas foram feridos no

exercício da sua profissão pelo exército israelita.

A Assembleia da República, manifesta o seu profundo pesar pela morte da jornalista Shireen Abu Akleh e

expressa a sua mais viva condenação por este hediondo ato cometido pelo Estado de Israel que, sendo um

atentado à liberdade de imprensa, é mais um crime somado à longa lista de ilegalidades contra o povo

palestiniano e os seus direitos, nomeadamente à liberdade.

Assembleia da República, 16 de maio de 2022.

Os Deputados do PCP: Paula Santos — Alma Rivera — Bruno Dias — Diana Ferreira — João Dias —

Jerónimo de Sousa.

———

PROJETO DE VOTO N.º 60/XV/1.ª

DE CONGRATULAÇÃO PELOS MELHORES RESULTADOS DE SEMPRE ALCANÇADOS NOS JOGOS

SURDOLÍMPICOS, MISSÃO SURDOLÍMPICA PORTUGUESA

Os Jogos Surdolímpicos, o segundo maior evento desportivo mais antigo do mundo, tiveram a sua primeira

edição em 1924, em Paris, tendo então sido disputados por 145 atletas oriundos de nove países europeus.

A Missão Surdolímpica Portuguesa esteve presente nesta competição que este ano decorreu em Caxias do

Sul, no Brasil, seis meses depois do previsto devido à pandemia de COVID-19, onde foram disputadas 20

modalidades do calendário dos Jogos.

A participação dos atletas portugueses foi histórica e muito nos orgulha. Estes atletas conquistaram, por

Portugal, quatro medalhas, duas delas de ouro e doze diplomas, tendo assim alcançado os melhores resultados

de sempre.

Com uma representação de 12 atletas que competiram em seis modalidades, Portugal igualou em termos

numéricos a participação nos Jogos Samsun 2009, nos quais conquistou quatro medalhas, mas, com uma

comitiva mais pequena, conseguiu mais diplomas e presenças em finais.