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II SÉRIE-B — NÚMERO 5

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VOTO N.º 10/2024

DE SAUDAÇÃO PELA CELEBRAÇÃO DO CENTENÁRIO DO PALMELENSE FUTEBOL CLUBE

A Assembleia da República evoca os 100 anos da fundação do Palmelense Futebol Clube e saúda os seus

dirigentes, associados, atletas e simpatizantes, registando a sua longevidade, o contributo desta instituição para

o prestígio e dignificação do desporto e do movimento associativo desempenhado em prol do concelho de

Palmela, da região de Setúbal e do País.

Assembleia da República, 24 de abril de 2024.

O Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.

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PROJETO DE VOTO N.º 7/XVI/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ANTÓNIO-PEDRO DE VASCONCELOS

Faleceu no passado dia 5 de março, aos 84 anos, António-Pedro Saraiva de Barros e Vasconcelos, figura

incontornável do Portugal democrático, enquanto realizador, produtor de cinema, escritor, crítico e homem de

causas cívicas.

Natural de Leiria, onde nasceu a 10 de março de 1939, António-Pedro de Vasconcelos (A-PV, como ficou

conhecido) frequentou, sem concluir, os cursos de Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e

de Filmografia, da Sorbonne, tendo-se destacado como um dos realizadores da segunda geraçãodo cinema

novo português, ao lado de João César Monteiro ou José Fonseca e Costa.

Defensor de um cinema para o grande público e ancorado na realidade, estreou-se com o filme Perdido por

Cem (1973), ficando na história como responsável por alguns dos maiores sucessos do cinema português, como

O Lugar do Morto (1984), Jaime (1999) ou Call Girl (2007), somando 12 longas-metragens de ficção e alguns

documentários.

Além de realizador, António-Pedro Vasconcelos foi produtor de cinema, tendo sido um dos fundadores do

Centro Português de Cinema (CPC) – estrutura apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, que produziu a

maior parte dos filmes do cinema novo português – bem como da Opus Filme e da V.O. Filmes, que fundou em

finais dos anos 1970, com Paulo Branco.

A-PV fez crítica literária e cinematográfica para jornais como o Diário de Notícias e o República e nas revistas

Imagem, O Tempo e o Modo, Colóquio, sendo colunista da Visão e diretor de A Semana, suplemento do

Independente, tendo ainda chefiado a redação de O Cinéfilo, do jornal O Século, com João César Monteiro.

Benfiquista de coração, o desporto rei foi outra das suas grandes paixões, tendo sido comentador nos jornais

Record e o Independente, bem como da RTP, no programa Trio de Ataque, entre 2004 e 2010.

Homem de causas, A-PV publicou três livros, foi coordenador do Secretariado Nacional para o Audiovisual

(1991-1993), Presidente do Grupo de Trabalho para o Livro Verde da Comissão Europeia sobre a indústria

audiovisual, bem como professor da Escola de Cinema do Conservatório Nacional e coordenador executivo da

licenciatura em Cinema, Televisão e Cinema Publicitário, da Universidade Moderna de Lisboa, tendo visto o seu

percurso agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República

Mário Soares, em 1992.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu profundo pesar pelo

falecimento de António-Pedro Vasconcelos, figura incontornável do panorama cultural do Portugal democrático

e cineasta responsável pelos maiores êxitos de bilheteira do cinema português.