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1 DE JUNHO DE 2024

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percurso artístico com Grand Tour, distinção que num certo sentido culmina a sua presença em Cannes, onde

em 2015, estreara na quinzena dos realizadores, a sua obra – As Mil e Uma Noites – um vasto tríptico de 6

horas que então acolheu uma atenção significativa do público e da comunicação social.

Ainda que profundamente enraizado no presente, como refere um artigo publicado na página digital do

festival, Miguel Gomes traçou no seu Grand Tour uma deambulação entre realidades diversas, entre o passado

e o contemporâneo, entre a ficção e a direta vivência das ruas, num cinema enquanto viagem que nos pode

fazer percorrer distâncias, cabendo ao espectador o movimento de tudo unir, de tudo religar.

Nascido em 1972, em Lisboa, o realizador estudou na Escola Superior de Teatro e Cinema, dedicando-se, a

partir de 1996 e durante cerca de quatro anos, à crítica cinematográfica, no contexto de uma geração que irá

marcar o cinema português nas primeiras décadas do Século XXI.

Inicia o seu trabalho de realizador no final da década de 90, com várias curtas, como Entretanto, de 1999,

Inventário de Natal, no ano seguinte, Trinta e Um e Kalkitos, ambas de 2002, para dois anos após chegar ao

formato de longa-metragem com A Cara que Mereces, seguindo-se, entre outras, Aquele Querido Mês de

Agosto, de 2008.

Quatro anos depois, surge o aclamado Tabu, numa fase em que a sua notoriedade ultrapassa largamente

as fronteiras nacionais, ao estrear-se em cerca de 50 países, percurso notabilizado com mais de uma dezena

de prémios.

No seu fulgurante trajeto, destacam-se ainda várias retrospetivas em países como a Alemanha, a Áustria, a

Itália e os EUA.

Salienta-se que também nesta edição do Festival de Cannes, a 77.ª, o português Daniel Soares conquistou

uma Menção Especial com a sua curta-metragem Bad for a Moment.

Assim, a Assembleia da República saúda todas as equipas de produção e técnicas dos filmes portugueses

a concurso na 77.ª edição do Festival de Cannes pelo seu trabalho e abnegação e, em particular, Miguel Gomes

pelo prémio de Melhor Realização do filme Grand Tour.

Assembleia da República, 28 de maio de 2024.

Os Deputados do L: Isabel Mendes Lopes — Jorge Pinto — Paulo Muacho — Rui Tavares.

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PROJETO DE VOTO N.º 104/XVI/1.ª

DE SAUDAÇÃO PELO DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA DESAPARECIDA

A 25 de maio comemora-se o Dia Internacional da Criança Desaparecida, que tem como principal objetivo

sensibilizar para a importância da proteção e capacitação das crianças, por forma a evitar que desapareçam.

Esta data remonta ao ano de 1979, em que, neste dia, desapareceu Ethan Patz, uma criança de seis anos

que vivia em Nova Iorque e nunca mais foi encontrada. Nos anos que se seguiram ao seu desaparecimento, os

seus familiares e amigos passaram a reunir-se nesta data para a recordar.

Em 1983, Ronald Reagan, à data Presidente dos Estados Unidos da América, decidiu dedicar este dia a

todas as crianças e no ano de 1986, o 25 de maio adquiriu dimensão internacional.

Segundo a Missing Children Europe, são dadas como desaparecidas cerca de 250 000 crianças todos os

anos no continente europeu, o que se traduz no desaparecimento de uma criança a cada dois minutos.

Em Portugal, no ano de 2023, foram dadas como desaparecidas mais de 1000 crianças que, felizmente,

foram encontradas. Não obstante, o País não esquece as crianças que desapareceram e nunca mais voltaram

aos seus lares e às suas famílias.

O CDS-PP saúda a comemoração de mais um Dia Internacional da Criança Desaparecida e reconhece todo

o trabalho realizado pelas autoridades, não só no âmbito da consciencialização, como no da investigação para

encontrar todas as crianças.