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II SÉRIE-B — NÚMERO 12

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agosto (2008), Tabu (2012) – filme que lhe valeu numerosos prêmios, incluindo o Prémio Alfred Bauer e o Prémio

da Crítica Internacional (FIPRESCI) no Festival de Berlim – e As mil e uma noites (2015) – obra que cimentou

Miguel Gomes como uma das vozes mais importantes do cinema contemporâneo.

Este momento histórico para o cinema português é um testemunho do esforço, dedicação e paixão de Miguel

Gomes e celebra a sua excecional habilidade e visão como cineasta e enaltece o talento e a criatividade do

cinema português no cenário internacional.

Assim, a Assembleia da República saúda Miguel Gomes pela merecida conquista do título de Melhor

Realizador no Festival de Cannes, um primeiro marco numa carreira que desejamos repleta de realizações

extraordinárias.

Palácio de São Bento, 27 de maio de 2024.

Os Deputados do PSD: Alexandre Poço — Ricardo Araújo — Sofia Carreira — Andreia Bernardo — Clara de

Sousa Alves — Eva Brás Pinho — Paulo Cavaleiro — Andreia Neto — Ana Gabriela Cabilhas — Carlos Reis —

Emídio Guerreiro — Inês Barroso — João Antunes dos Santos.

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PROJETO DE VOTO N.º 100/XVI/1.ª

DE SAUDAÇÃO AO CINEMA PORTUGUÊS E AO CINEASTA MIGUEL GOMES PELA CONQUISTA DO

PRÉMIO DE MELHOR REALIZAÇÃO NA 77.ª EDIÇÃO DO FESTIVAL DE CANNES, EM FRANÇA, COM O

FILME GRAND TOUR

O cineasta português Miguel Gomes conquistou o prémio de melhor realização, no Festival de Cinema de

Cannes 2024, com o filme Grand Tour, que se inspira num romance de início do Século XX e num livro de

viagens do escritor Somerset Maugham, Um gentleman na Ásia, narrando a epopeia de uma mulher que procura

o noivo, que fugiu dela para evitar o casamento, levando-nos numa viagem pela ásia num filme que, nas palavras

do realizador, é «sobre a determinação das mulheres e a cobardia dos homens».

Miguel Gomes soma vários prémios em festivais internacionais, nomeadamente o Prémio da Crítica do

Festival de Berlim, com Tabu (2012), o prémio de Melhor Realizador (repartido com Maureen Fazendeiro) no

Festival Mar del Plata (Argentina), com Diários de Otsoga (2021), e o Prémio Especial do Júri em Guadalajara

(México), com Aquele querido mês de agosto (2009), e, apesar de já ter estado no Festival de Cannes, na

quinzena de cineastas, onde apresentou Aquele querido mês de agosto (2008), As mil e uma noites (2015) e

Diários de Otsoga (2021), esta é a primeira vez que o realizador é distinguido na competição oficial do Festival

de Cinema de Cannes.

Na preparação do filme Miguel Gomes fez um arquivo de viagem pela Ásia, recolhendo imagens e sons

contemporâneos para uma longa-metragem de época, rodando posteriormente as cenas com os atores Gonçalo

Waddington e Crista Alfaiate, em estúdio, em Roma.

Grand Tour foi produzido por Uma Pedra no Sapato, de Filipa Reis, em coprodução com Itália, França,

Alemanha, China e Japão, com um argumento coassinado pelo cineasta com Mariana Ricardo, Telmo Churro e

Maureen Fazendeiro.

Também a curta-metragem portuguesa, Bad for a moment, de Daniel Soares, recebeu uma menção especial

nesta 77.ª edição do Festival de Cannes. Com produção de O Som e a Fúria e de Kid With a Bike, esta é mais

uma prova da vitalidade do cinema de autor português.

Assim, a Assembleia da República saúda o cinema português de qualidade, em particular o cineasta Miguel

Gomes, bem como a sua equipa, pela conquista do prestigiado prémio de Melhor Realização na 77.ª edição do

Festival de Cannes, com o filme GrandTour, e o realizador Daniel Soares, que fez estreia mundial em Cannes,

trazendo uma Menção Especial com a curta-metragem Badfor a moment.