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0017 | II Série C - Número 053 | 20 de Maio de 2006

 

Gráfico n.º 13
Prioridade n.º 10

Saliente-se a particularidade da coesão aparecer em segundo lugar, tanto quando se indaga a prioridade máxima, como a mínima, o que não deixa de ser um dado curioso. No entanto, enquanto 38 entidades elegeram este factor como prioridade n.º 1, apenas sete inquiridos a consideraram como a última das prioridades. Aliás, tal como foi anteriormente referido, não existe grande consenso quanto às prioridades "menos importantes", havendo mesmo inquiridos a eleger todas as prioridades como n.os 1 a 3.
O que não deixa, igualmente, de constituir um exercício interessante é a comparação entre as prioridades expressas nesta questão e os principais objectivos que deverão servir de base à construção europeia, indicados na resposta à questão n.º 8.
Com efeito, nos objectivos aí indicados a liderança foi claramente assumida pela paz e pela segurança, figurando o emprego apenas em sétimo lugar. No entanto, os mesmos inquiridos não hesitam em escolher o emprego e a coesão como as prioridades n.os 1 e 2 a prosseguir pela União.
Significará, esta aparente discrepância que apenas num cenário de emprego para todos a coesão territorial, a paz e a segurança são objectivos alcançáveis? Mas, ainda assim, como se explica que as políticas de segurança e defesa, de política externa e de emigração sejam tão pouco escolhidas como prioridade n.º 1? Não serão estas as políticas que, por excelência, se encontram mais vocacionadas para a promoção da paz e da segurança?
Não nos compete aqui fazer mais interpretações. Também não se poderá extrapolar os dados da amostra para a generalidade da população, uma vez que as entidades inquiridas não foram escolhidas através de métodos aleatórios.
No entanto, podemos inferir que a aparente discrepância de resposta a estas duas questões espelha bem a encruzilhada de caminhos em que a Europa se encontra, bem como a diversidade de expectativas que sobre ela impendem.

4 - Conclusão

Assim chegamos ao fim da análise dos resultados obtidos na consulta efectuada à comunidade académica, parceiros sociais e sociedade civil e comissões parlamentares especializadas permanentes.
Quanto às comissões parlamentares, cujas conclusões constam em anexo, as mesmas podem ser sintetizados como favoráveis ao texto do Tratado, embora reconhecendo que o mesmo poderia ser melhorado em alguns pontos, nomeadamente quanto à sua inteligibilidade.
Este relatório não pretende ser um fim em si mesmo mas, sim, um ponto de partida para os trabalhos da Comissão de Assuntos Europeus sobre esta matéria. Os resultados do inquérito, os pareceres recebidos, o debate da audição de 2 de Maio, na qual foram convidadas a participar todas as entidades que constituíram a