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19 | II Série C - Número: 019 | 21 de Fevereiro de 2011

6.4. Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar

Enquadramento do sector

O sector do mar abrange actividades diversificadas como a construção e reparação naval, a pesca, aquicultura e transformação do pescado, o turismo marítimo e náutica de recreio, os transportes marítimos e infra-estruturas portuárias, os novos produtos e materiais / tecnologias marinhas, e a energia offshore. Em 2008, segundo o INE, na actividade de construção e reparação naval estavam inscritas 384 empresas, que empregavam 4.832 pessoas e com um volume de negócios de 501 milhões de euros (+19,2% face a 2007), que, face à manutenção do volume de emprego, traduziu um aumento de produtividade no sector. A distribuição do volume de negócios por actividade no sector é a seguinte: reparação e manutenção de navios 43,2%; construção de navios 46,0%; construção de embarcações de recreio e desporto 9,4%. A Construção e Reparação Naval é um sector de elevado valor acrescentado e com forte componente de exportação. Em 2008, as exportações do sector foram de 253 milhões de euros (63,5% do volume de negócios do sector): 63,6% para reparações, 24,1% para construções e 12,1% para construção de embarcações de recreio e desporto.
Em 2010, em matéria de Transportes Marítimos e Infra-estruturas Portuárias, o movimento global de mercadorias registado nos portos comerciais do Continente desde o início do ano ascendeu a cerca de 54,1 milhões de toneladas, distribuído por tipo de carga e porto. Quanto ao peso de cada porto nas mercadorias transportadas nos 7 portos com mais movimento, Sines destacou-se (39,2% do movimento global), seguindose Douro e Leixões (22,1%) e Lisboa (18,6%). O movimento de mercadorias não tem sido constante ao longo dos anos, mas a evolução média mensal da tonelagem global é positiva, de 1.5%. O volume de contentores movimentados regista uma tendência crescente em todo o período, apresentando uma taxa de crescimento de 7.8% (2000-2010). Relativamente ao número de navios, a tendência é decrescente desde 2002. Porém, a GT (Gross Tons – valor adimensional relacionado com o volume interno total de um navio) associada é crescente desde 2002. A análise do movimento de contentores por porto evidencia a importância dos portos de Lisboa e Douro e Leixões, mas é Sines que tem uma taxa média de crescimento maior, de 64,6% ao ano, desde 2004, início de actividade do Terminal XXI. O terminal de Leixões movimentou no ano de 2010 um total de 304.827 contentores, equivalentes a 482.370 TEU*, o que representa um acréscimo de 5,1% e 6,3%, respectivamente, face às quantidades movimentadas no ano anterior. *O TEU (twenty-foot equivalent units) é a unidade de medida dos contentores, correspondendo 1 TEU a um contentor de 20’ (20 pçs).
Quanto ao Turismo Náutico, o número de cartas náuticas emitidas tem decrescido nos últimos anos. A carta de marinheiro foi a que sofreu uma menor procura: 7.632 cartas emitidas em 2005, e 2.002 cartas em 2010.
No sector da pesca, em 2009, foram capturadas, em Portugal, 144.792 toneladas de pescado, descarregado como fresco ou refrigerado em lota, no valor de 254.831 mil euros, o que representa um decréscimo de 14,9 % no volume de capturas e de 13,7% no correspondente valor, relativamente ao ano anterior. Para esta quebra, contribuiu de forma decisiva a menor captura de “peixes marinhos (-14,8%, em quantidade e -6,3%, em valor), sobretudo de espçcies como a sardinha e a cavala. A captura de “Moluscos” registou igualmente um decréscimo (-20,6%, em quantidade e -38,6%, em valor), sobretudo pelo menor volume de polvos capturados (-40,7%). O estabelecimento de um Total Admissível de Captura (TAC), constitui uma medida de