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3 | - Número: 033 | 2 de Agosto de 2010

II. SESSÃO EVOCATIVA II CENTENÁRIO DA CONSTRUÇÃO DAS LINHAS DE TORRES VEDRAS / PROPOSTA DE CRIAÇÃO DO GRUPO DOS “AMIGOS DAS LINHAS DE TORRES VEDRAS”

1. A sessão evocativa do II Centenário da construção das Linhas de Torres Vedras – realizada por iniciativa dos Lords Dubs e Roper, à qual se associaram os Deputados Andrew Dismore, Tim Boswell, Nigel Evans, Peter Bottomley e Chris Ruane -, promoveu o reconhecimento da data comemorativa como uma oportunidade para o reforço da cooperação entre o Reino-Unido e Portugal, no quadro do interesse partilhado da preservação daquelas linhas defensivas. Nesse sentido, foi apresentada a proposta de criação de um Grupo, a designar como ―Amigos das Linhas de Torres Vedras‖, aberto á participação não apenas de parlamentares, mas tambçm de todos os interessados na causa da preservação das Linhas de Torres.

2. O Lord Roper abriu a sessão, com uma especial saudação ao Presidente da Assembleia da República e aos dois Deputados, Presidentes de Comissões, que integraram a Delegação.
Lembrou os antecedentes da iniciativa, designadamente, a visita a Portugal, em Julho de 2009, de uma Delegação conjunta do APPGP e do Grupo WGBH e a percepção, que então retiveram, quanto ao interesse e à importância de uma contribuição britânica específica no projecto português de preservação das Linhas de Torres Vedras.

3. O Coronel Gerald Napier fez, de seguida, uma apresentação sobre as Linhas de Torres Vedras, que caracterizou como um ―fenomenal complexo de fortificações construído entre 1809-1810, sob orientação do futuro Duque de Wellington, destinado a proteger Lisboa da derradeira tentativa napoleónica de dominação de Portugal que, por sua vez, constituía o último obstáculo à sua dominação britânica‖.
Enfatizou assim, a importância crucial que aquelas linhas defensivas revestiram para a segurança do Reino Unido em 1809, a liderança estratégica que Wellington revelou no seu planeamento, a capacidade dos engenheiros militares ingleses que as conceberam e o notável trabalho de construção pelos portugueses (entre 4000 e 5000).
Referiu tratar-se de uma obra que se revelou a chave da vitória conjunta sobre as forças francesas e que simboliza, de forma única, a cooperação estratégica entre os dois países, Partes da mais antiga aliança na Europa. Descreveu, com detalhe e com recurso à projecção de imagens, o plano defensivo integrado, construído em redor da capital portuguesa, no qual se destacavam as Linhas de Torres Vedras. Caracterizou a diversa tipologia de fortificações, de acordo com a sua dimensão e capacidade, descreveu a sua operacionalidade, a mobilidade interior da infantaria e o eficaz sistema de comunicações que fora então utilizado.
Referiu que, embora à data da invasão militar francesa, em Agosto de 1810, as Linhas se encontrassem incompletas, constituíram ainda assim, no estado de construção em que se encontravam, um obstáculo que se revelou intransponível para o avanço da força invasora até Lisboa.
O Coronel Napier descreveu ainda o estado actual dos cerca de 100 Fortes - dos 142 então construídos -, que ainda subsistem, cuja preservação e respectivo financiamento, se encontram a cargo da Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres. Mencionou as contribuições financeiras da Noruega, Islândia e Liechtenstein, de € 1.5 milhões, para a