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20 DE FEVEREIRO DE 2017

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12.1. Assim, e após a tradicional declaração de boas vindas à delegação portuguesa, o Sr. Presidente do

Parlamento do Irão, afirmou ter chegado a hora de reatar as ligações muito antigas entre ambos os países,

tendo registado com muito agrado, o facto de a deslocação portuguesa se ter iniciado, a pedido da Parte

portuguesa, por Isfahan, facto ilustrativo da relevância posta no conhecimento e valorização culturais e

civilizacionais, pressuposto fundamental para o desejado aprofundamento e florescimento das relações

bilaterais.

Prosseguiu, realçando existir enorme interesse da parte de empresários iranianos em estabelecer parcerias

com Portugal, à imagem do que já acontece com Itália, Alemanha e França, no domínio da cooperação industrial

e financeira.8

Foto 8: Trabalhos na Sala Nobre de reuniões do Presidente do Parlamento iraniano.

Foi transmitida a grande preocupação pelo isolamento a que o Irão tem vindo a ser votado no sistema

financeiro internacional, imposto pelas posições norte-americanas e seguido pela União Europeia,9

considerando fundamental o restabelecimento deste tipo de relações, mormente as de incidência bancária,

determinantes para o desenvolvimento do comércio e do turismo.

12.2. Usando da palavra, o Sr. Presidente da CNECP agradeceu as palavras e relembrou o empenho e apoio

de Portugal, cujo Ministro dos Negócios Estrangeiros visitou o Irão, momentos antes da assinatura do Acordo

5+1. Após ter realçado a composição politicamente abrangente da delegação parlamentar portuguesa,

sintomática do consenso existente no Parlamento português quanto à bondade do reforço das relações

bilaterais, concordou com a absoluta necessidade de trazer o Irão para os sistemas financeiro e bancário

internacionais e de comércio global.

Terminou, reconhecendo o empenho e o sentido de responsabilidade que o Irão tem vindo a colocar no

tratamento de dossiês de superior relevância internacional e para a região do globo onde se insere, de que é

exemplo o acordo sobre o dossiê nuclear.

8 A Renault e a Peugeout reabriram recentemente fábricas no Irão, produzindo, também, modelos de automóveis específicos para o

Irão, de resto, notoriamente predominantes nas vias públicas. 9 Não obstante esta posição institucional da União, o facto é que diversos países-membros, unilateralmente, têm vindo a praticar atos

tendentes a rever esta situação, nomeadamente a França e a Alemanha, de que constitui exemplo concreto a recente encomenda à Airbus de 100 aeronaves para a empresa de bandeira do Irão. Além destes dois países também a Itália estabeleceu já relações de garantia financeira entre Bancos Centrais, ao passo que a Espanha se apresta a fazê-lo.