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II SÉRIE-D — NÚMERO 10

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No primeiro caso, foi novamente acentuada a questão da vulnerabilidade das redes ciber, capaz de constituir,

na sua opinião, a maior ameaça à riqueza dos Estados Unidos e aos valores que moldam a organização e a

vida norte-americana. Finda a sua intervenção e instado a aprofundar melhor a sua ideia, acabaria por referir

quer todo o sistema financeiro norte-americano assenta em plataformas e dispositivos digitais, cuja

vulnerabilidade tem sido posta em causa e para cuja defesa se deve adotar legislação adequada, não referindo

em concreto de que tipo ou com que teor.

Já no segundo caso, retivemos a ideia transmitida pelo Senhor Barr, de que “o que dá substância à diplomacia

é a força militar e a suscetibilidade de aplicação de sanções económicas” (sic), muito na linha da doutrina

neoconservadora que vai prevalecendo na política externa da Administração norte-americana.

De seguida, interveio o signatário, para indagar da opinião dos intervenientes, sobre se não existiria uma

certa tendência da política externa norte-americana para a simplificação da realidade por via de generalizações

mais ou menos abrangentes, tratando de uma mesma forma questões objetiva e subjetivamente diferenciadas

entre si, impedindo muitas das vezes uma abordagem mais profunda de certas particularidades regionais e dos

papéis que os diferentes países aí desenvolvem.

A resposta foi de que as soluções ideais são, por vezes de difícil realização e de que os Estados Unidos se

encontram, presentemente, a reorientar os instrumentos da sua política externa, tendo nesse campo de lidar

com algumas condicionantes de natureza orçamental. Contudo, segundo foi afirmado, a Administração

americana procura sempre atribuir a maior atenção a cada situação e suas circunstâncias específicas,

independentemente da região em causa.

Salienta-se, igualmente, a presença do Presidente da House Permanent Select Committee on Intelligence, o

Congressista Devin Nunes, o qual começou por agradecer a presença de todos e sugerir que Portugal pudesse

organizar proximamente uma das edições “europeias” deste Fórum.3 Independentemente do incremento de

investimentos que possam estar a ser efetuados em diversos países aliados, por parte de potencias

estrangeiras, alertou o Congressista para o facto de poderem os mesmos estar a ocultar ações pouco claras,

tendentes a captar informação estrategicamente relevantes, em domínios não apenas militares, mas sobretudo,

na investigação técnico-científica, economia e sistema financeiro. E salientou que, apesar do 11 de setembro e

das falhas de segurança então detetadas, as condições de coordenação e partilha de informação entre as

agências americanas se encontrarem ainda bastante aquém do desejável. Terminou, apontando a necessidade

de enfrentar a ascensão da Rússia, para cujo efeito se torna absolutamente necessário que todos os países da

NATO cumpram o investimento de 2% do PIB na área militar, a par do respetivo reforço do poder militar e

económico.

As relações com a China, no domínio das finanças e do investimento, foram abordadas pelo Senhor Michael

Wessel — membro da Comissão nomeada pelo Congresso para a elaboração do Relatório sobre as relações

económicas e de segurança China-Estados Unidos4 —, o qual começou por apresentar, de forma

necessariamente sumária, o trabalho produzido pela equipa que integrou no citado âmbito, tendo salientado dois

aspetos: primeiro, o facto de se tratar de um instrumento único no quer à temática em apreço diz respeito.

Depois, a particularidade de todos os Relatórios que têm vindo a ser produzidos no âmbito desta Comissão

terem sido sempre aprovados por unanimidade dos seus membros.5 Fez seguidamente notar que a China não

3 Existe uma prática assumida pela organização do Fórum de alternar a realização destes eventos entre a Europa e os Estados Unidos, relembrando-se que a anterior sessão havia decorrido em Tallinn, na Estónia. 4 Este Relatório, apresentado em novembro de 2017, resultou do mandato concretamente concedido pelo Congresso, no qual se identificava um conjunto de quesitos concretos sobre os quais deveria recair o exame da referida Comissão, sendo que esta se encontrava igualmente mandatada, no mesmo âmbito, para formular as recomendações que viessem a resultar adequadas. Sublinha-se, o facto de o referido Relatório ter já sido disponibilizado aos Deputados da Comissão, estando aberto para consulta a todos os demais que demonstrem interesse em conhecê-lo, sendo acedível a partir do seguinte endereço eletrónico: https://www.uscc.gov/about/uscc-charter 5 De notar que a composição desta Comissão especial é composta por doze Congressistas, existindo paridade perfeita entre republicanos e democratas.