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15 DE SETEMBRO DE 2021

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Mediterrâneo, no que toca aos conflitos e à migração.

Salientou que é urgente pôr um fim à escalada da situação entre Israel e Palestina e à situação humanitária

em Gaza. Manifestou grande apreensão em relação à Síria, situação que gera pobreza e instabilidade, e

preocupação com o cumprimento do acordo de cessar-fogo na Líbia com relevância para as eleições em

dezembro de 2021, acentuando que as instituições da Líbia têm de ser apoiadas. Referiu a importância do papel

da ONU no conflito do Saara Ocidental, a crise económica no Líbano e consequente migração, referindo que os

conflitos no Mediterrâneo oriental agravam as questões geopolíticas e aumentam a instabilidade, pelo que é

fundamental coesão e diálogo construtivo entre as duas margens do Mediterrâneo. Destacou os problemas

pendentes: Pandemia – sendo que as vacinas devem ser distribuídas por todos –, crise económica e crise

humanitária.

Concluiu referindo que a luta contra as alterações climáticas deve ser clara e inequívoca e que estas medidas

serão discutidas na próxima sessão plenária.

De seguida, o Presidente da Comissão deu a palavra aos restantes membros.

Ruth Wasserman Lande (Israel) informou que escreveu uma carta ao Presidente da Comissão, na qual

salientou falta de transparência por não terem sido informados da constituição do grupo de trabalho, em

desacordo com as regras da AP-UpM. Disse que terão muita honra em participar no grupo, mas que o nome

«Palestina» apenas foca um lado da equação e sugeriu alterar para «Israel e Palestina» de forma a poder haver

diálogo.

O Presidente da Comissão Costas Mavrides (PE) referiu que receberam a carta e responderam oficialmente,

dizendo que o Presidente da Comissão foi mandatado pelo bureau da AP-UpM para agendar urgentemente esta

reunião e que o bureau considerou todas as partes e todas as regras, pelo que o grupo de trabalho irá

desenvolver o seu trabalho.

Marko Pavić (Croácia) destacou a importância do combate às alterações climáticas e que o problema, sendo

global, exige soluções globais. Mencionou também a relevância da migração no Mediterrâneo. Concluiu

salientando que os Estados Unidos regressaram ao Acordo de Paris e quer a China se comprometeu.

Luc André Diouf (Espanha) mencionou a questão das alterações climáticas nas ilhas Canárias e a falta de

oportunidades em África. Através da AP-UpM, a União Europeia pode construir consensos com a União Africana

e assegurar que a migração pode ser do interesse de África e da UE.

Reinhold Lopatka (Áustria) referiu a importância da situação económica, do aquecimento global, do

desemprego, da pandemia e da migração e que o Pacto Ecológico Europeu (Green Deal) está no centro das

atenções. No que se refere à situação entre Israel e Palestina, salientou que é preciso cuidado a tratar destes

assuntos, porque já se tentou antes e a discussão foi bloqueada. O trabalho deve ser continuado, mas os

assuntos devem ser separados na discussão.

Margarida Marques (PE) congratulou o reinício dos trabalhos da Comissão e a importância de se perceber

claramente o papel da AP-UpM para atuar e lidar com o conflito, devendo trabalhar-se em conjunto numa visão

multilateral.

Aysim Şamil (Turquia) manifestou-se preocupado com a situação da Síria e referiu que apoiam a resolução

das Nações Unidas. Para combater o terrorismo tem de existir trabalho conjunto e em espírito de solidariedade.

A prioridade da Turquia tem sido proteger a sua integridade territorial.

Madani Mouissa (Argélia) salientou a importância do combate ao aquecimento global e que a Argélia, como

a maior parte dos países africanos, não tem responsabilidade histórica pelo aquecimento global, sendo

necessária uma justa divisão de responsabilidades e um balanço no interesse de todos os países com base no

Acordo de Paris. Quanto à crise entre Israel e Palestina, mencionou que a questão já foi discutida várias vezes

no passado, infelizmente sem seguimento, e que esta Comissão deve continuar esse trabalho. Considerou que

a situação do Saara Ocidental também requer um grupo de trabalho e que são a favor da implementação das

resoluções das Nações Unidas.

Abuzmeid Jhad (Palestina) referiu que a luta contra o aquecimento global também é muito importante para

a Palestina. No que se refere à crise entre Palestina e Israel, considerou que se deve atuar rapidamente e que

a ocupação ilegal não é sustentável. Lamentou que Israel não tenha interesse em dialogar no grupo de trabalho.

Aysim Şamil (Turquia) voltou a pedir a palavra para referir que para atingir a harmonia social é preciso

discutir as alterações climáticas e a luta contra o aquecimento global no seu aspeto multifacetado e na sua

interligação com outras matérias, como a migração.