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os neutros e os hostis e onde a as suas liberdades são limitadas, se promovem execuções

públicas, tortura, raptos, detenções ilegais e trabalhos forçados – descrições que

escutámos por parte de ativistas de diferentes ONG’s –, e existem poucos cuidados

de saúde disponíveis, a comida é insuficiente e informação praticamente inacessível.

Sem prejuízo disto, Seoul deu conta que tem total disponibilidade para o diálogo.

Instam Pyongyang a “parar com a provocação e a sentar-se à mesa do diálogo”. O

Ministro dos Negócios Estrangeiros, da décima maior economia do mundo, disse à

delegação que o Presidente Yoon avançou com uma proposta ambiciosa de

fornecer assistência económica, humanitária e diplomática significativa à RPDC,

e em contrapartida Pyongyang cessa os seus programas nucleares e de mísseis e

espera que a RPDC aceite esta proposta.

O “velho sonho” da Reunificação das Coreias continua a alimentar a esperança dos sul

coreanos. Mas as entidades que ouvimos mostraram algum ceticismo em relação à

sua concretização num futuro próximo, porque apesar das dificuldades económicas e

das sanções internacionais, Pyongyang é relativamente autossuficiente, e conta

também, segundo o que nos transmitiram, com o apoio da China e da Rússia. Ainda

assim, os mais jovens sul coreanos, que não têm recordação da Guerra da Coreia, já não

têm a mesma convicção neste objetivo final, pois temem o custo económico

potencialmente enorme de reunir os dois países, que apresentam níveis de

desenvolvimento muito diferentes. A preocupação imediata dos sul coreanos, como

podemos escutar, é a paz e a estabilidade na península.

As entidades governamentais e parlamentares da República da Coreia com quem

reunimos definiram como de absoluta preponderância estratégica a cooperação com a

NATO e com os EUA e apelaram a um maior aprofundamento da cooperação com

a NATO, incluindo o reforço da interoperabilidade, através de exercícios conjuntos e

da resolução conjunta dos desafios de segurança emergentes. Visitámos Camp

Humphreys, a maior base militar dos EUA no exterior, onde permanecem as

Forças dos EUA Coreia/Comando das Nações Unidas/ROK-U.S, que conta com cerca

de 28 mil soldados dos EUA e parceiros, assim como ativos de defesa cruciais, como os

sistemas de defesa aérea Patriot, garantia do compromisso internacional com a proteção

da paz e soberania sul-coreana. Visitámos, ainda, a Zona Desmilitarizada Coreana,

designadamente a Joint Security Area (JSA), um “sítio de diálogo”, como nos transmitiu

o Comandante Lee.

Lisboa, 2 de novembro de 2022,

Adão Silva (GP/PSD) – Marcos Perestrello (GP/PS) – Joana Sá Pereira (GP/PS)

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.

II SÉRIE-D — NÚMERO 43 _____________________________________________________________________________________________________________

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