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Da análise deste gráfico (Figura 2.10) podemos concluir que o número de ignições segue em

grande medida o mesmo padrão da velocidade do vento, sendo que os valores mais baixos

de ignições para dia 16 de outubro são facilmente explicáveis pela diminuição de temperatura

e aumento da humidade do ar nesse dia.

A adequação do modelo exclusivamente meteorológico é bastante razoável apesar da tarde e

início da noite do dia 15 de outubro estar subestimada, o que poderá resultar de focos

secundários ou de ignições que se anteciparam tendo em vista a previsão de chuva, e a manhã

de dia 16 de outubro sobrestimada, o que poderá resultar de comportamentos mais cautelosos

sabendo-se da dimensão trágica dos incêndios do dia anterior.

Esta análise permite sustentar a hipótese de que muitas das ocorrências observadas se terão

originado devido a ignições de causas humanas que ficaram descontroladas pela velocidade

inesperada do vento, num ambiente de secura da vegetação, elevadas temperaturas e baixas

humidades relativas do ar.

Fica assim mais consolidada a ideia de que a excecionalidade das condições meteorológicas

associadas à tempestade Ophelia, em particular a velocidade do vento, terá criado as

condições para o elevado número de ocorrências observado transformando muitas ignições

em pequenas ocorrências e depois em incêndios de largas dimensões e muito dramáticas

consequências.

2.2. Das causas

A análise das causas pode ser efetuada de forma direta, através dos resultados das

investigações realizadas, ou de forma indireta, através da distribuição geográfica das ignições.

Começamos por apresentar a análise da distribuição geográfica para depois focarmos nos

resultados das investigações.

2.2.1. A distribuição geográfica das ignições

A análise da distribuição geográfica das ocorrências pode auxiliar na interpretação das causas.

Podemos então comparar com a distribuição geográfica global desde 2001 até 2017, a partir

dos dados do SGIF, com a distribuição geográfica das ocorrências nos dias 14 a 16 de outubro

de 2017. O gráfico seguinte (Figura 2.11) explica a situação:

17 DE ABRIL DE 2018_____________________________________________________________________________________________________________________

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