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A importância da escolha da espécie, da sua possível consociação com outras, e da gestão

do sob-coberto ficam assim bem determinadas pelo cruzamento das áreas ardidas em 2017

com a ocupação verificada nos fotopontos de 2010. Apesar do desfasamento no tempo as

conclusões são claras.

2.3.3. O uso do solo na interface com as edificações e os incêndios

Apesar de a área classificada como urbana representar apenas 1,2% do total da área ardida,

isso corresponde, em 2017, a uma área próxima de 6 mil hectares. Sabendo-se que a área

urbana afetada foi a que provocou maiores prejuízos, tanto em vidas humanas em mortos e

feridos como em infraestruturas (habitações, instalações industriais ou municipais) importa

saber quais as características destas áreas.

Assim, considerando apenas os pontos em que a área urbana era indicada como ocupação

principal no IFN6, podemos verificar qual a sua ocupação secundária e verificar se arderam

ou não em 2017. As proporções de pontos ardidos, correspondentes a probabilidades de arder,

podem ser então calculadas. No entanto, esses valores devem ser apreciados com algum

cuidado por não serem muitos elevados os números de fotopontos para cada tipo de ocupação

secundária do espaço urbano. O gráfico seguinte (Figura 2.24) resume os resultados da

análise:

Figura 2.24 Percentagem de área classificada como ocupação principal urbana em 2010 ardida em 2017 por

tipo de ocupação secundária. A linha horizontal corresponde à percentagem média ardida em espaço urbano

em 2017 (1,4%).

Arderam, em 2017, cerca de 1,4% dos espaços que tinham sido considerados como urbanos

no IFN6 em 2010. As percentagens referentes a cada uma das utilizações secundárias indicam

que são o pinheiro-bravo e o eucalipto as espécies que, em ocupação secundária das áreas

urbanas, mais fazem aumentar a probabilidade de que o espaço urbano possa arder (12,5 e

9,4% respetivamente). Valores intermédios (entre os 2 e os 3%) correspondem a situações de

mato, de carvalhos, castanheiros, ou outras folhosas, ou a culturas permanentes (olival, vinha,

pomar), com percentagens de 2,1%, de 2,8% e de 3,0% respetivamente. Percentagens mais

baixas encontram-se em situações em que as ocupações secundárias são pinheiro-manso,

outras resinosas ou sobreiros (0,9%), culturas temporárias ou pastagens de sequeiro (1,0%)

ou, ainda mais baixa (0,0%) nas pastagens de regadio.

II SÉRIE-E — NÚMERO 16_____________________________________________________________________________________________________________________

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