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aquela zona é constantemente sobrevoada por um helicóptero, mesmo assim, no IP5 foram multados por excesso de velocidade mais de 1000 condutores. Mesmo com isto tudo! Isto é, pois, algo que vai exigir muito trabalho, muita persuasão.
Aliás, como podem ter observado através das reportagens feitas no local e transmitidas pelos vários operadores de televisão, é curioso que, apesar de os infractores serem mandados parar logo que as infracções eram detectadas, em 99% dos casos as pessoas disseram que achavam muito bem terem sido multadas por considerarem que não há outra maneira de pôr cobro às infracções e várias pessoas disseram mesmo que, naquele caso, nem sequer tinham cometido uma imprudência tão grave quanto era normal cometerem. Ou seja, há que desenvolver um trabalho de grande persuasão junto dos condutores portugueses no sentido de levá-los ao cumprimento do Código da Estrada, embora após as alterações de que este último foi objecto, tenha diminuído significativamente o número de acidentes rodoviários, de mortos e de feridos graves em Portugal.
Estamos certos de que este conjunto de operações que anunciei vai, também, contribuir significativamente para a diminuição do número de acidentes rodoviários, pelo que vamos prossegui-las.
Passando à questão das lanchas rápidas, devo dizer que as mesmas já estão adjudicadas. Vivemos num Estado de direito e, como tal, a adjudicação de tais lanchas foi submetida à aprovação do Tribunal de Contas, há cerca de um mês e meio, e, assim que seja aprovada, esperamos que as primeiras estejam prontas lá para o fim do primeiro semestre do próximo ano.
A este propósito, gostaria de dizer-vos que optámos por adjudicar a construção destas lanchas a uma empresa portuguesa, não só porque a proposta apresentada foi a melhor mas também por considerarmos ser uma forma de ajudar a indústria nacional a cooperar numa área que é extremamente importante para Portugal.
No que diz respeito ao fundo de apoio às inundações e à catástrofe ocorrida, como sabe, temos uma conta com fundos de emergência, conta essa criada para apoio a situações desta natureza, da qual será consignada uma verba para financiar aquele fundo, o que está a ser regulamentado neste momento, sendo urgente a implementação do mesmo.
Inquiriu-me quanto ao tempo que demorará até pôr em ordem as infra-estruturas das forças de segurança. Dir-lhe-ei que, neste momento, entre obras e projectos, deve estar a decorrer um total de cerca de 150. Nos próximos seis meses, estarão prontas cerca de 50 obras. Aliás, hoje mesmo, tive o prazer de inaugurar um posto da Guarda Nacional Republicana, em Santa Cruz, na zona do Oeste, por onde foi eleito o Sr. Deputado Duarte Pacheco, o qual não encontrei na inauguração porque, provavelmente, estaria na Assembleia, o que me deixou muito triste, até porque também não estava presente na entrega das viaturas da Escola de Segura, em Torres Vedras, nem quando anunciei a construção da nova esquadra da PSP de Torres Vedras. Portanto, não tive o prazer da sua presença hoje, mas é com todo o gosto que anuncio aqui o que andei a fazer, durante esta manhã, no círculo eleitoral do Sr. Deputado.
Relativamente ao conjunto de obras deste tipo de infra-estruturas, penso que, durante o tempo de mais uma legislatura, será possível dotar o País de instalações condignas. Quanto a instalações de natureza mais pesada, não será suficiente o tempo de uma legislatura para efectuar as obras. É que o estado de desinvestimento verificado na área da segurança durante muitos anos, em Portugal, leva a que, ao actual ritmo, que, digamos, é quase alucinante, seja necessário pelo menos uma legislatura e, em certos casos, mais do que isso para obras mais pesadas.

A Sr.ª Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Peixoto.

O Sr. Francisco Peixoto (CDS-PP): - Sr. Ministro, pretendo apenas um esclarecimento simples, mas dentro do seguinte enquadramento: necessidades objectivas mínimas, aquelas que ninguém discute e que quase não são susceptíveis de uma perspectivação político-partidária; o Programa do Governo; o que foi feito nos últimos três anos, período de tempo a que este Orçamento se reporta e que vai ter de ter um efeito útil mínimo; como é que os 50 000 contos previstos para o sistema de apoio ao combate a roubo e a furtos vão ser geridos e articulados; depois, como vai ser gerida a verba de 500 000 contos prevista para o policiamento de proximidade e, numa outra área, como é que vai ser gerida e articulada a verba de meio milhão de contos destinada ao Plano Integrado da Segurança Rodoviária.

A Sr.ª Presidente: - Sr. Ministro, tem a palavra, para responder.

O Sr. Ministro da Administração Interna: - Sr.ª Presidente, Sr. Deputado, começo pela questão do policiamento de proximidade.
Creio que, nestes três anos, já desenvolvemos globalmente o que era fundamental para poder passar à fase qualitativa na acção policial. O facto de além de terem sido compradas 3000 viaturas se terem feito muitas outras coisas - e não vou repetir tudo o que se fez, embora recorde o aumento de 8500 homens e mulheres nos efectivos da PSP e todos os conjuntos de instalações que estão a ser construídos - permite-nos, neste momento, criar condições para melhorar a acção policial, o que constitui o grande desafio.
Como há pouco disse o Sr. Deputado Marques Júnior, e muito bem, foram tomadas as decisões mais importantes entre as quais uma das mais importantes que é a da formação à distância. Antes de existir este programa de formação à distância, um homem ou uma mulher, quer da GNR quer da PSP, que terminasse o respectivo curso de formação nunca mais tinha formação. Digamos que estava limitado à informação de que os seus superiores lhe fossem dando conta. Hoje, isso modificou-se.
Actualmente, temos a funcionar, no âmbito do Ministério, um Conselho Consultivo para a Formação, que é dirigido por um Coronel com grande experiência nesta área, porque foi director de uma escola de formação, Conselho este que integra um conjunto de personalidades, nomeadamente pessoas que têm a ver com outras experiências de formação, como, por exemplo, a Prof.ª Dr.ª Teresa Ambrósio, Presidente do Conselho Nacional de Educação, que representa a vertente de educação cívica, o que é importante para as forças de segurança, o Dr. Sérvulo Correia, pessoa de grande prestígio, que representa uma componente noutras áreas, o Prof. Correia de Campos, responsável pela formação da administração pública. Quisemos, pois, integrar diversas experiências na constituição