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este nível. Só a este nível, se tivesse sido este o critério aplicado pelo anterior governo, poupavam-se mais de 3 milhões de contos, que podiam ser rentabilizados e aproveitados em infra-estruturas desportivas, em equipamento para os jovens e tudo isso.

A Sr.ª Jamila Madeira (PS): - Os números verdadeiros!

O Orador: - Sr.ª Deputada Jamila Madeira, se o seu partido não geriu bem o tempo e não a deixou falar, a culpa não é minha. Agora, se me permite, estou na minha intervenção.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Só aqui pouparíamos mais de 3 milhões de contos. Isto é importante saber, tal como seria importante saber onde é que foi gasto este dinheiro. Como é que se gastou isto? Foi em quê? Em carros, motoristas, assessores, secretárias, mais assessores? Foi em quê? Em jantaradas, perdão, em despesas de representação? É melhor não irmos por aqui, porque penso que é capaz de não ser… Mas em alguma coisa o dinheiro foi gasto e, se foi para despesas de funcionamento, era interessante todos podermos debruçarmo-nos, efectivamente, sobre isto.
Julgo que temos de analisar este orçamento num contexto. E aqui também dou os parabéns ao Partido Socialista porque consegue, em relação a esta matéria como em todas as outras, descontextualizar e dizer: "Nós agora estamos a analisar isto como se partíssemos do zero, como se não tivesse havido um anterior governo que governou o País durante seis anos e meio". Dou-vos os parabéns, porque é preciso uma "lata" tão grande, que eu não teria, para conseguir dizer as coisas dessa forma, com esse à-vontade. Confesso que não tenho "lata" para isso…

A Sr.ª Maria Santos (PS): - Modere as palavras!

O Orador: - Julgo que não estou a ofender ninguém com o termo "lata", porque é utilizado em linguagem corrente e normal.
Agora, há, de facto, uma realidade herdada, há, de facto, responsáveis políticos, responsáveis de facto em relação a isto. E se se pede um esforço a todos também se tem de se pedir aos profissionais do futebol. Penso que isto é natural e penso que todos entendem isto.

O Sr. Presidente (António da Silva Preto): - Sr. Deputado Bruno Vitorino, está no limite do seu tempo.

O Orador: - Vou terminar, Sr. Presidente, mas certamente que as interrupções que tive também deram azo a que não pudesse concluir o meu raciocínio mais rapidamente.
Daí o alargamento da base de incidência, para efeitos de IRS, de 50% para 60%. Entendemos que é preciso definir claramente o que é um profissional de futebol, porque uns ganham 70 000$ outros 7000 contos. Não é o Governo que tem a culpa disso, e há, naturalmente, um caminho grande a percorrer nessa área.
Agora, há uma questão que também é preciso…

O Sr. Presidente (António da Silva Preto): - Sr. Deputado, não me vai levar a mal, mas tem, de facto, que terminar.

O Orador: - Vou terminar de imediato, dizendo que é uma falsa questão o que o Partido Socialista resolve apresentar quando vem falar dos coitadinhos dos jogadores de futebol que são dos mais prejudicados, nomeadamente aqueles que auferem mais baixo vencimentos. E isto, porquê? Porque se os vencimentos são assim tão baixos e se a taxa de incidência nem é os 100% de ordenado, naturalmente que estão isentos, estão no escalão de isenção. Portanto, é uma falsa questão vir com aquele discurso, aquela tentativa de pseudodiscurso social, que aqui não se aplica. É vermos os factos!
Tinha mais coisas para dizer mas fico por aqui. Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (António da Silva Preto): - Tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Cabral.

O Sr. Fernando Cabral (PS): - Sr. Presidente, Sr. Ministro, Sr. Secretário de Estado, vou devolver o elogio e os parabéns que o Sr. Deputado Bruno Vitorino nos deu. Quero elogiar-vos porque tanto o Governo como as bancadas da maioria - e porque estamos a tratar os assuntos do desporto - são, de facto, os campeões da cassete. Tiraram este título e merecem esse elogio porque se tornaram nos verdadeiros campeões da cassete.
Vou fazer uma observação genérica e depois colocar três questões concretas. A observação genérica é que fico com a sensação de que estamos a discutir um orçamento, que é aquele que temos com base nos documentos que foram apresentados, mas existe um outro orçamento que me parece oculto.
Vejamos isto na área do desporto: o presidente do Comité Olímpico Nacional queixa-se dos problemas em relação à participação dos atletas, por exemplo, nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004,…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Está desactualizado!

O Orador: - … o Sr. Secretário de Estado recebe-o e há dinheiro para tudo. Portanto, ou o Sr. Secretário de Estado tem uma varinha de condão, ou tem um orçamento à parte para poder satisfazer as necessidades que estes atletas de alta competição têm, ou, então, existem alguns dados que não estão orçamentados neste orçamento para o desporto.
O Sr. Ministro e o Sr. Secretário de Estado referem que tem a ver com outro tipo de apoios e falam no apoio médico e noutros de que, naturalmente, os atletas necessitam. Mas esse apoio não custa dinheiro? Ou esse apoio não está orçamentado neste departamento governamental e está orçamentado noutro, nomeadamente no Ministério da Saúde? É que não se entende muito bem isto.
O Sr. Secretário de Estado, a seguir à apresentação do Programa do Governo, falou que iria criar centros de medicina desportiva espalhados pelo País. Isso não custa dinheiro? Onde é que essas estruturas têm a sua cabimentação orçamental neste orçamento que aqui temos?
Agora, três questões muito rápidas. Existem três estruturas, que estão neste momento protocoladas entre a administração central e a administração local, que não vêm referidas neste Orçamento do Estado. Gostaria de saber, por parte do Sr. Ministro, o que é que a administração central pensa acerca dessas mesmas estruturas. Refiro-me ao Centro de Estágio de Alto Rendimento da Guarda, que