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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

Deve acrescentar que esta idéa de procurar se votaram ou não pessoas mortas, proveiu d'um protesto apresentado na assembléa da Ajuda por Antonio Francisco Nogueira, ministerial zeloso, o qual se queixava de que tinham ali votado alguns mortos. Como appareceu este protesto, lembrei-me de indagar o que havia a este respeito e devo declarar que, alem d'estas 4 certidões, tenho mais C a respeito das quaes duvido, se devem referir-se ou não a individuos que votaram. Ha discrepâncias a respeito das idades e das profissões, e não quero affirmar senão aquillo de que tenho plena certeza.

Se a camara quizer que eu mande para a mesa estes documentos a fim de proceder ás necessarias averiguações, não tenho duvida de fazei-o.

Parece-me que n'um caso como este melhor seria mandar proceder ás investigações convenientes, a fim de

se poder chegar ao descobrimento da verdade. (Apoiados.)

E certo que a eleição não está valida e que o sr. Fuschini não tem a maioria absoluta do numero real dos votantes, ou do numero real das listas, condição que a lei põe como indispensavel. Por consequencia a camara não póde dar o diploma de deputado a um cavalheiro, no qual ella não tem a certeza de ler recaído a maioria absoluta do numero dos votos. (Apoiados.)

Não lhe deve ser licito atropellar as leis.

Aqui está qorque eu disse, e repito, ser a analyse d'esta eleição uma simples questão de arithmetica.

Concluindo, peço desculpa á camara de lhe haver tomado tanto tempo, e aos meus contendores peço igualmente que me relevem se, involuntariamente, os maguei.

Vozes: — Muito bem.