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cotin meu silencio a accusação que S. Ex.a teve' & bonílade d'e me fazer, relativamente a eu ter agredido as prerogativas da Coroa «obre' a formação do Ministério; direi pois quanto a isto qu« eu sou respeitador das prerogativas dá Çorpà na formação de Ministérios, bem como.em tudo ò mais. Não per-tendo com isto lisongear a Corôá^ e mesmo que eu o quizesse fazer, não haveria Coroa q-uè- me acreditasse deporá de eu ter em todas as occasiões que se tractou de 'dar prerogativas á Coroa, sido parco em lhas éonceder; não porque «u entendesse que essas prerogativas dadas á Coroa fossem em si um mal para a Nação, mas porque podia acontecer que alguém abusasse dessas mesmas prerbgatívas, em prejuiso da ísí-ação, e em desdoiro da própria Coroa.

Mas, Sr. Presidente, o que o Sr. Ministro da 'Guerra, nem ninguém è capaa de asseverar, e muito menos de demonstrar é que eu faltasse á lealdade-quando se tracia de respeitar essas mesmas prerogativàs que impugnei tia formação da Constituição: depois delias dadas, eu tenho sido leal em as respeitar; mas não merecia eu censura quando fiz uma pequena alusão á historia da formação do actual Ministério. Sr. Presidente, já recebi de S. Ex.a n'uma igiial 4is-cussão a mesma censura; defendi-me delia, e dei o Sr. Ministro da Guerra por juiz incompetente: não_ é por certo o Sr. Ministro q trem pôde levantar rã°voz relativamente a esta matéria.

Sr. Presidente, constitucionalinente fallando, a Coroa é a Divindade dp Sjstema Representativo, mas eu não sei que esta Divindade possa escandalisar-se de se lhe não dar mais acatamento do que a que se •frá, e somos obrigados a dar á Divindade que rege rodo o universo. Sr. Presidente, o agricultor perito, õ àgriciiitof prudente, o agricultor prevenido, vai ao meio da sua ceara arrancar o cardo, o joio, e "outras plantas darnnosas, e com isso não irroga injuria ao Ente Supre/no que as tem creaclo. E creio que não houve ainda theologo nenhum, por mais escrupuloso que fosse, que tenha reputado crime aosfrihos tíe Adão p arrancarem do meio das suas cearas as 'plantas prejudiciaes árproducção dos seus campos. Â Coroa que assenta sobre cabeça humana não pôde pertender (n e ia por certo tem semelhante pertençãp) uma prerogativa maior do que a do Âuctor dia Natureza.; nem mesmo o Sr. Ministro da Guerra con-'cefoerá tal dogma: assim o leio na sua própria consciência (riso). A Coroa é "livre em 'nomear Ministros, e eu como Depuiado, sou livre em os .censurar: estamos no nosso direito. • „

Sr. Presidente, o Sr. Ministro do Reino chatnou-me a um campo aonde eu não sei combater, porque trouxe'a questão a méritos pessoaes*de SS. tEx.as,-e de um 'Sr. Deputado sobre serviços iíberaes-; e creio que mesmo o'Sr. Ministro do Reino se veria embaraçado se eu, ou alguém lhe perguntasse quem «iam os inimigos da liberdade, que o Sr. :Beptftado carregou. Ò Campo em que :S. Ex.a entrou é erriçado .de ««pinhos ^ e eu não quizera a gloria de tal invento. ;

'O Sr. Conde de Villa Real, Ministro dos 'Nego- . cios 'Estrangeiros: — Eu pedi a palavra para, uma 'explicação, porque se fez váluzão ^a mira et»-consequência de algumas expressões do meu coltega -e amigo o Sr. Ministro do Reino. O Sr. 'Deputado que acaba de fallar, não pode ãeixar de cotrfesi>ar quê se referiu -a miro. Poí certo não pensava -eu-qtíe

teria riiotivo , para agradecer ao Sr* Deputado o obscquio-que elle me fez. Ate ao presente te n li odes-prezado ó que por abi se teta èscripto sobre rairn a esse respeito, mas aqui .neste1 recinto estimo rriuitp ter uma occásiào f para dizer qual era o meu m^do dê pensar, nessa época a ^ue se allude ; ser liberal quando a liberdade triumpba , ,não ademira ; o ser déspota quando o despotismo .tfiumpba, também :-não adetníra (apoiados} ; mas eu quero ter a bori-ra, Srí Presidente, de ter sido constitucional no teiinpq «m que tantos outros tendiam para estabelecer o dís:po ti smo. Sr. Presidente, .eu não quiero o dispotismo -de una só-,- nem .o dispotistno da ^tiaf-chia (apoiados): E-u vinfea, preparado par» Debater agueira allusão, ^porque presumia quefiila se me folia