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Presidente, tenho eu ouvido isto cònstantemente, e íamcntarem-se por não poderem conseguir os fins quê desejam, e eu estou convencido da sinceridade dos •eus desejos.

/ Mas, Sr. Presidente, ainda ha outra consideração a fazer, e vamos a ella: os lamentos do povo em geral são justos, ainda mesmo que as suas causas o não sejam , porque elte em geral sente o mal, quei-Xa-se dei lê, e confia que se lhe ha de da f remédio; e devemos notar uma consideração menos afílictiva, quero dizer mais consoladora : os males que os povos s o ff ré m , ainda os não levou a desconfiarem da liberdade; só querem remédio, pedem que se lhe dê, recorrem a nós, e dizem que lhe demos as medidas, de que elles necessitam ; isto paramim, Sr. Presidente, e' uma grande consolação, porque se assim não fosse ) e o povo cançado de soffrer os malles que as circUmstancias lhe têem acarretado , desconfiasse das vantagens que lhe proporciona um syslema liberal, eu não sei quaes seriam as consequências de tudo isto; porem o povo ao contrario aborrece o absolutismo , ama a liberdade, e espera de nós remédio e providencias a seus males: e a não ser assim não lhe faltaria uma causa legitima, para se aproveitar delia um Augusto, um Napoleâo, que sempre ap-pareccm nestas circumstancias.

Uin nobre Deputado, que hontem eloquentemente fallou na matéria, e que fallou nos direitos civis; Giàse que ao povo não lhe importa, nem quer saber dos direitos políticos, e que só deseja, e quer que se lhes guardem os civis; observar-lhe-hei que na verdade assim pôde ser, porque nós ordinariamente pedimos aquillo de que primeiro temos necessidade, e a segurança e sem duvida alguma aquillo de que mais precisamos; mas o povo Portuguez, ou aparte sensata do povo Portuguez sabe verdadeiramente que os direitos civis são uma chimera, ausentes os direitos políticos. Não entro mais neste ponto-}—qw^ é bern conhecido do nobre Deputado, como de todos nós: para a sustentação dos nossos direitos civis não prescindamos dos políticos.

Estou na guerra do Algarve, e fallarei delia. A observação de que podia com mais propriedade chamar-se rèbellião,-do que guerra, e' justa, mas não desejava agora fazer questão sobre isso ; a idéa está expressada: e preciso ver como havemos de salvar certa contradicção, porque se e guerra, ainda que seja guerra civil, ha um direito das gentes applicavel para essa guerra, e não é pela lei marcial de fuzilar os que se apanham com as armas na mão, que se legisla para uma guerra: para uma guerra civil, ha estipulações, ha garantias, ha prisioneiros feitos; e por jsso me parece que muito bem se pôde dizer, que a guerra civil não está no Algarve. Ern Hespanha , diz-se, não se fuzilam uns aos outros, como quem atira aos estorninhos? Direi: e' uma violação da lei, uma reprezalia dessa violação com que se têem perpetuado os horrores daquelle desgraçado Paiz ! isto não significa senão que se faz excepção á lei; que nesse Paiz se ataca o direito das gentes. Algumas Potências Estrangeiras têem contribuído para repor a observância do direito das gentes nesta espécie de guerra funesta; isto prova o que acabo de dizer. Mas cá nesta nossa guerra os Clouetes, e Lãrothejacquelins já lá vão, e então temos a examinar se acaso as providencias dadas pelo Governo pari» acabar esta guer-