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que o que têm mandado umas,, têem desfazido ou-íras,- e em fim tetn-se feito cousas quê nós sabemos, 'e que-e' melhor calar. Mas no Porto ainda se crea-rarn duas Cadeiras Ecclesiasticas, ahi está o Bispo que vigia , esla vigilância do. Bispo se tem feito de maneira que apesar destas "Cadeiras existirem nó Lyceo , lá as frequentam I-B a 20 e mais Ordinan-dos, a não se lhes segue mal nenhum, não se lhes apega veneno nenhum. Ora estabelecendo-se os Se-tninarios dondje hào de vir essas rendas^, S. Ex.a pôde apresentar aqui um Projecto de dotação dos Seminários para 12 que hajam, em todo o Reino, pôde sim , mas leva-lo a effeito não é possível; se elle não tem para dar aos* Bispos para.comerem como ha de ler para crear Seminários è para os dotar ? Se o Goveino abandona a Religião do Estado, se obrar como nos Estados-Unidos, se partirem desse principio, então havemos de seguir outra tlieoria ; mas cm quanto se conservar nesta bypo-these que ha de manter a Religião do Estado , que ha de manter os Membros da Religião -t então ha de providenciar quaes.são estes- Ministros , como se hào de manter, e como hão de governar-se, e o que hão de aprender, então é outra hypothese , e' esta justamente em que estamosi O pensamento da Cormnissão foi este, distinguir, fazer uma differèní-ca entre Educação e Inslrucção, a Inslrucçâo dá-se immedialamer.te, porque não tem de se votar ^ .é só realisar-se, e já n'um e&tá montada como e no Porto e colhendo bons resultados, e para, ser nos Seminários não'e' possível,1 vejo diante de,'mini dif-ficuldades invencíveis : não sei porque não lhe havemos de dar a ínttrucção nos Lyceos, não sei quacs são os inconvenientes,. esses inconvenientes d

A Disciplina EccIeJastica ha de sempre observar-se , e'nós nisto só mostraremos desejos de querelr invadir as altribuições episeopaes/, allribuições em que nos não pertence tocar; esites são. os.fundamentos com que a Commrssâo obrou , nelles presis-to, em -quanto não ouvir razões,que façam mudar de opinião.

O Sr. Cardoso Castel- Branco : — Sr. Presidente, eu fui n*outro tempo, ainda que fraco, 'teimoso defensor dos Seminários , eu queria que alli sedes-se ao Clero a instrucção e a educação , mas confesso que hoje pehso de outra maneira.. Eu, Sr. Presidente , não mudei de principio» , mas entendo que as circunstancias eoi que se acha hoje este paiz são riiúi outras daquellas em que se achava_, quando eu pensava 'diferentemente.

Sr. Presidente, eu faço opposição á actuai Ad> ministração, e faço opposição principalmente, porque não-combina com os meus princípios^, o~modo como élla se 'tem havido na direcção dos negócios Eccleslastícôs. neste'Paiz; apèzàr disto se eu visse 'que a actual Administração tinha plena liberdade na escollia dos Prelados quê houvessem de governar as Dioceses destes Reinos, não hesitava em votar pelo Projecto da Còmmissão Ecclesiaslica; ma»> Sr. Presidente , tenho para mim que a"acluai Administração não tem hoje, não tem há muito tem* pó liberdade plena na escolha dos Prelados que vão governar as Dioceses; e vou apresentar alguns facto» para mostrar a exactidão desta asserção. © Go-Ver n o do Sr. Duque de Bragança determinou, quê todos os Bispados que tinham sido confirmados sobre Proposta de Padroeiro illegitimo ficassem vagos, apezar disso o Governo, -a rrieu ver contra vontade., foi Forçado a chamar ao exercício das funcçôés Episcopaes alsruns dos Bispos que tinhani sido apresentados por D. Miguel; o Governo conhece as demasias, é os excessos dê alguns destes Bispos, sabe melhor do que eu , que não podent ineiecer a sua confiança, e tem,procurado atalhar alguns desses excessos; alem disto, Sr. Presidente, algumas Dioceses deste Reino estavam governadas por Vigários Capitulares da confiança do Governo e da sua escolha, quero dizer, ô Governo tinha insinuado aos Cabidos a sua nomeação.