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coes dependentes de grandes fisealisações, entendo qw-e andou errada, errada sobre os princípios, errada sobre as consequências, e errada sobre o inV tefCise da Fazenda, se interesse da Fazenda se pôde chamar á entrada d« uma maior somma absoluta no Thesouro, porqne essa soinma. tarnberri tem elementos com que se calcula , porque quando essa entrada "e uni meio estt-rilisador das industrias do Pau-, produz hoje uma colheita, seguida de esterilidade futura; mas deixarei. de parte esta questão, e direi somente as'razoei, pelas quaes no rneu conceito, a Commissào errou na essência do seu sysle-rna. A Commissão de Fazenda sabe perfeitamente, que o principal imposto directo deste Paiz , a Decima , está lançado tía maneira a mais desigual possível (Apoiados) • lia localidades onde a derrama se paga rigorosamente , e ha outras onde se pagam apenas S por cento! ... (Apoiados) Então em vez de se cortar o mal pela raiz, era vez de se tráctár de reorganisar essa contribuição primaria, e que devera ser única, multiplicam-se contribuir coes, que estorvam da liberdade ao Cidadão, que o vexam, e que collncarn continuamente dependente do fisco tudo quanto ha de mais caro para o homem — a sua Liberdade e I ndependencia M ... Ha homens (e são muitos) por tal maneira antipalhicoà com este jogo continuo de auctoridade , e eu confesso que sou uni delles, que largariam mais depressa o vestido que os cobre, do que vivifiam continuamente sujeitos aos Agentes d* Justiça e de Fis-calisação. Sr. Presidente, o frio e a fome ate certo ponto são menos importunos que o fisco — o homem revolta-se continuamente contra a.syndicação do fructo do seu trabalho, contra essa intervenção estranha, qiw sempre com feições inimigas, se apresenta em quasi todos os negócios da vida (Apoiados). Portanto, Sr. Presidente, eu quero urna contribuição só, bem lançada, e bem'dividida , e não esta immensa quantidade de álcaválas e de impostos que c-fiam uma Fisealisação devoradora , que ha de absorver, (podem estar certos diss'>) ale'm de duas terças parles ou ires quarras da própria contribuição.

- Sr. Presidente, podemos estar círios', que, quando se cria uma Ftscalisnção muito numerosa c m ho-rnens, não é possível crear uma-.JKiscaiisaçào igualmente numerosa «m probidade ; necessariamente rvo maio desses homens os ha de haver de probidade inferior, os quaes lião dw aproveitar-sè das cir-cumélírnciás para opprimir os Povos. Ora, Sr. Presidente, que pôde fazer um pobre Pescador, que apenas conhece ns velas do seu barco e as suas redes, cm frente de um Agente Fiscal subtil, P, pcr-dôe-se-me a expressão , fino e ladino? Deixar-se-ha despojar. O inste Pescador lem por ventura os conhecimentos precisos para argumentar, para convencer. esse homem, pára não consentir qiíe elle exorbite? Não, Senhores, ha de deixar-se opprimir ; a sua industria ha de e.sterilisar-se com a op-pressão , e tudo isto para se colher uma miserável quantia!... (Apoiado*.)

• Disse-se — que a pesca podia com esle imposto, porque coui impostos incomparavelmente maiores, linha ella prosperado , e que foi entre os Pescadores assim opprimidos que se erearam os Navegadores, que foram descobrir as Costas d'África e Ásia. — Sr. Presidente, lambem este argumento me riãó

parece concludente ; pois, porque uma cousa qualquer ,. resistiu , sem morrer, a uma certa e determinada oppressão, se não foi anniquilada por ella,. ha de tornar-se a submstter á mesma, ou pelo menos ao meio , ao terço , ou ao quarto dessa oppressão ? Este modo d« argumentar é realmente se rn fundamento, assim justifica-se tudo: a peste, a fome-, a guerra , estes tlagellos com que D.eos armou os gumes da espada do Anjo exterrninndor , tem passado sobre as Nações som extingui-las , e con-cluiremos nós que estão justificadas a peste , a fo* me, e a guerra ?!

Disse-se também aqui — que para tornar o peixe mais barato , e fazer com que o houvesse em mais abundância, era bom impor-lhe esta contribuição — a argumentos do tal ordem não se pôde responder ! . . Vem-se com urna asserção e diz-se u isto i? Ufi> fa» cio r mas onde estão as provas desse facto ? Onde está a analyse delle? Adumtida a existência de uni facto, verificada a sua existência; se elle contradiâ-a razão e 05 princípios, é necessário analysa-lo rigorosamente, e indagar se elle não dá causas que t>ào sejam essas- a que se pretende imputar a sua existência. Não passaram gerações inteiras uojai* apoz outras imputando aos cometas as calamidades q^ie occorriam, sóraenle porque houveram algumas vezes cíilasnidades que coincidiram coto a appari» cão de um cometa? Ainda hoje , no sentir do Povo se faz frio, e' o cometa, se faz calor, e o cometa , se ha secrtíxa , e o cometa , finalmente todas asi calamidades fér;àítribuem ao cometa. K não fare* mós nós o meseno dando por causa da. escacez sup« posta da pesca a cessação dos impostos, sem primeiro demonstrar o facto e indagar as verdadeiras causas delle, se acaso existisse? .

Sr. Presidente, eu estiwei muito ouvir hontem um Sr. Deputado que rnuito respeito, e que se senta nos b

fc*ram L*MS paternaes", foram Leis de beneficência, foram Leis "de amor , e de maneira alguma Leis de guerra ( djwiados)j a guerra foi. feita eom o gunip da espada, foi necessitada pelas circtimstaneias , e nunca provocada, nem vista sem reluctáncia peio Libertador; os Conselhos do Libertador foram generosos, e não machavelicos ! . . . (Jpriadõs.)