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preciso que se lèa mais alguma cousa, por onde se vê-, ráque ocaso imo foi tanto assim; que na maior: parte das disposições a Comrnissão se conformou com o Governo, e que o Governo em algumas outras que se lhe demonstraram mais inconvenientes, se conformou corn as da Com missão. Portanto a accusação de volubilidade que aqui se fez ao Governo, creio que lhe não cabe, e tal Io em presença dos i l lustres Membros da Com missão. O negocio de lançar tri-r butos, Sr. Presidente, c muitíssimo difficil, ninguém quer o odioso; bem haja aCommissão que fez grandes esforços, e empregou algum tempo para ver se poderíamos passar sem elles; mas não é possível-. Aarora pergunta-se, são elles absurdos, são iníquos, são bárbaros corno aqui se tem dicto ? Não, Senhor, alguns não são mais que restabelecer a Lei antiga, tal é o do ferro, quasi que posso dizer outro tanto do do linho; o do vinho verde lern andado, no pensamento de quasi todas as Administrações, deve elle não só ser rendoso para o Estado pela cifra que representa, mas pela muita fraude que vai evitar. Todo o inundo sabe quinto se frauda a Fazenda, de todas as vezes que ha classificações a fazer corno no caso presente; e então, Sr. Presidente, este imposto, corno já aqui disse o meu illustre Collega, não se pôde considerar um imposto pesado: não chogu hoje o que se perlende augtnentar a 200 réis era pipa, e fallando da medida do Norte, onda uma pipa era números redondos são mil quartilhos, temos que o accrescimo e a quinta parte de um real sobre cada quartilho. Ora quem diiá que isto é um tributo que vai lançar no abysmo aqueila industria vinícola das Províncias do Minho e da Beira, e de outras .que produzem o vinho verde? Não, Senhor; este tributo é a meu ver tolerável, este tributo tem sido lembrado já por diversas Administrações; este tributo por fim não altera nada na condição, nem do agricultor, nem do consumidor,' e í e m por si a igualdade, logo que se calcule desapaixonadamen.te o producto das duas espécies de vinho, liquido das respectivas des-pezas da cultura.

O Sr. Presidente: — Peço ao Sr. Deputado queira resumir-se ao que é próprio da generalidade.

O Orador : — Eu tenho seguido o que todos os il-lustres Deputados teem praticado, mas não tenho duvida de rne resumir;. e todavia declaro que me parece, com a devida permissão, que não ha nisto muito inconveniente, porque quando se tractar da especialidade haverá menos a dizer, e talvez se possa votar com mais rapidez.

Eu dizia, Sr. Presidente, que não me conformo com certas ide'as que aqui se apresentam: a propósito destes tributos disse um illustre Deputado «a agricultura paga 30 por cento» e affirmou isto tão senhor de si, que parecia repetir um dogma da nossa Religião. Sr. Presidente, isto não me parece muito exacto; o illustre Deputado|que o referiu, é das Províncias do Norte, e eu posso alumiar aqui com bastante conhecimento de causa, que as propriedades rústicas do Minho e Beira, por mais diligencias que se tem empregado, não pagam 3 por cento de decima (slpoiado—Dalguns signaes de espanto). Sr. Presidente, os próprios proprietários dão testemunho desta verdade, do que aqui avanço; espero que a Ca-, mara seja benévola para comigo, e não pense por isto que acabo de dizer, que eu desejo recommendar tributos sobre essas Províncias, longe de inim; rnas