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Sessão de 13 de Janeiro de 1919 5

Não venha a companhia dizer que êste estado de cousas é devido à falta de carvão, pois, eu li nos jornais que no principio dêste mês o carvão diminuiria 40 por cento, o que certamente representará o preço da lenha, evitando os inconvenientes apontados.

É necessário que o Govêrno não se esqueça que a companhia tem o exclusivo duma das redes ferroviárias mais importantes do país.

Ao Sr. Secretário de Estado dos Abastecimentos eu peço as mais enérgicas providências, certo de que a Câmara não lhe negará as autorizações mais rigorosas e violentas, a fim de pôr termo a êste estado de cousas.

Estou certo que neste intuito eu sou acompanhado por todos. (Apoiados).

Tendo-me já referido ao serviço de correio e passageiros, passo a chamar a atenção da Câmara para um outro serviço ferroviário que também é importantíssimo: refiro-me ao serviço de mercadorias.

Eu vou dizer a V. Exa. qual a forma nova que a Companhia inventou para elevar ao dôbro o lucro dos serviços de mercadorias.

A Companhia o ano passado, creio eu, a pretexto não sei de quê, inventou uma nova forma de aumentar as sobretaxas das mercadorias em comboios especiais, isto por forma a que um comboio que tenha de ir ao Pôrto chega a pagar mais de SO&.

No Pôrto levou há pouco 12 dias a descarregar, e por o consignatário protestar, a Companhia, do alto da sua soberania, responde que a sobretaxa dá apenas preferência aos vagões seguirem. Isto é: paga-se muito mais e somos servidos por esta forma!

Parece-me que há dentro da Companhia qualquer repartição que não serve igualmente todos, pois há quem consiga fàcilmente os vagões que deseja, ao passo que outros não os conseguem nunca.

Êste assunto é de tal forma urgente, que, eu não podia deixar de o tratar na primeira oportunidade, pedindo, pois, ao Sr. Secretário de Estado do Interior o favor de o transmitir ao seu colega dos Abastecimentos.

Discurso do Sr. Deputado Alfredo Pimenta, na sessão n.° 7, de 13 de Dezembro de 1918, agora publicado na íntegra

O Sr. Alfredo Pimenta: - Sr. Presidente: confesso a minha perplexidade ao falar neste momento, na Câmara, sôbre a proposta apresentada pelo Sr. Vítor Mendes.

Preciso esquecer a atmosfera desta sala para poder evocar a figura luminosa do poeta Edmond Rostand. Não quero encará-lo sob o ponto de vista artístico: considero-o sob êsse ponto de vista absolutamente incompatível com a atmosfera de um Parlamento; mas quero lembrar principalmente o poeta do L'Aiglon, com todo o seu fervor imperialista e nacionalista que fez manter na alma da França vivo, todo o desejo de uma révanche e toda a ansiedade para que a França voltasse a uma situação que estivesse em correspondência com a sua glória antiga. Andam nesta sala os espíritos muito afãs tados das questões de arte, sobretudo nesta hora: seria insensatez querer forçar a mentalidade da Câmara, neste momento, a seguir-me em considerações sôbre Edmoud Rostand. Por isso, limito-me, em nome da minoria monárquica, a associar-me ao voto proposto pelo Sr. Vítor Mendes.

Discurso do Sr. Costa Lôbo na sessão n.° 8, de 16 de Dezembro de 1918, agora publicado na íntegra

O Sr. Costa Lôbo: - Depois de terem sido pronunciadas nesta memorável comemoração as mais sentidas e patrióticas palavras; depois de se ter referido ao infausto e doloroso acontecimento que a toda a nação enlutou, nos termos mais eloquentes, o nosso ilustre Presidente, e ter o ilustre leader da causa monárquica manifestado o seu sentimento com palavras da maior elevação, repassadas de dor e ao mesmo tempo de justiça, que traduziram com o maior rigor o pensamento dês-