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Sessão de 24 de Maio de 1926 9

a mais alta consideração e o maior respeito.

Apoiados.

Não temos, portanto, nenhum conflito com V. Exa. nem com a Câmara; temo-lo apenas, exclusivamente e formal, com o Govêrno.

Apoiados.

Sr. Presidente: quero terminar as minhas considerações saudando os trabalhadoras da imprensa que há tanto tempo vêm desempenhando junto desta casa do Parlamento a missão ingrata e espinhosa de cronistas. E sempre difícil nessa missão agradar a todos. Nós, a Esquerda Democrática, temos até sido várias vezes criticados e asperamente tratados pela imprensa; mas nunca nos revoltámos, porque entendemos que ela deve proceder como entende.

Apoiados.

Daqui, por conseguinte, queremos dirigir as nossas saudações a êsses modestos trabalhadores da imprensa, e fazer a declaração de que o barulho feito dêste lado da Câmara é apenas produzido pela Esquerda Democrática.

Apoiados.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Agatão Lança: - Sr. Presidente: sabe bem o Sr. Cunha Leal que tenho sido daqueles que sempre se manifestaram contra a intervenção das galerias nos trabalhos parlamentares. S. Exa., que tem orna excelente memória, não pode esquecer que em horas bem trágicas, bem tenebrosas, me encontrou a seu lado protestando contra essa intervenção.

S. Exa., porém, parece não ter ouvido as minhas considerações de há pouco, quando afirmei que me manifestava sempre contra as intervenções estranhas nos trabalhos parlamentares, como parece que não ouviu as manifestações partidas do sector ocupado pela imprensa.

Não quero eu que todos os que ali tem lugar sejam responsáveis por isso; ninguém mais do que eu, sem qualquer intuito de bajulação, será capaz de prestar maior homenagem a quem honestamente cumpre a sua missão de jornalista; mas, daí até, por qualquer falta de coragem, encobrir aquilo que ouvi, vai um abismo.

Apoiados da maioria.

Por consequência, a respeito de S. Exa., que não ouviu, e daqueles que não ouviram, tenho apenas de lamentar a sua surdez, opondo, porém, a ela a minha palavra verdadeira e a doutros que ouviram e presenciaram as manifestações vindas do lado da imprensa.

De resto, V. Exa., Sr. Presidente, não as ignora, porque alguns Deputados o informaram, como me têm informado doutras vezes alguns Deputados que mais perto da bancada da imprensa se sentam.

Quanto ao Sr. Raimundo Alves, além de lamentar também a sua surdez, peço-lhe que tenha cautela com as palavras que pronuncia. Da minha boca, efectivamente, não costumam sair palavras menos exactas. A afirmação de S. Exa., no seu àparte ao Sr. Santana Marques, se sé queria referir a mim, devolvo-lha inteiramente no sentido mais pejorativo que ela possa ter.

O Sr. Raimundo Alves: - V. Exa., falando tam alto, é que nos ensurdece a todos!

O Orador: - Eu falo a V. Exa. em todos os tons e onde quiser!

O Sr. Raimundo Alves: - Eu também estou aqui e em toda a parte.

O Orador: - Então procure-me.

O orador não reviu.

O Sr. Vitorino Guimarães: - Sr. Presidente: não podia por um sentimento de correcção deixar de agradecer ao Sr. Sant'Ana Marques as explicações leais e claras que quis dar à Câmara.

Todos nós prestamos homenagem ao Sr. Ministro da Agricultura, cidadão digno a todos os respeitos da nossa consideração.

Quere o partido, que eu tenho a honra de representar, continuar serenamente nos trabalhos parlamentares. Apesar dó grande esfôrço que para isso é preciso, nós faremos todo o possível para quê â discussão se mantenha com serenidade, como cumpre a uma assemblea parlamentar, onde a discussão deve ser feita em volta dos princípios.