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2 Diário das Sessões do Senado

Duarte Leite Pereira da Silva.

Eduardo Ernesto de Faria.

Fernando de Almeida Cardoso de Albuquerque (Conde de Mangualde).

Francisco do Livramento Gonçalves Brandão.

Francisco Martins de Oliveira Santos.

João da Costa Mealha.

João José da Silva.

João Rodrigues Ribeiro.

João de Sousa Tavares.

José António de Oliveira Soares.

João Freire de Serpa Leitão Pimentel.

José Joaquim Ferreira.

José Marques Pereira Barata.

José Novais da Cunha.

José Ribeiro Cardoso.

José dos Santos Pereira Jardim.

Júlio de Campos Melo e Matos.

Júlio Faria de Morais Sarmento (Visconde do Banho).

Luís Caetano Pereira da Costa Luz (Visconde de Coruche).

Luís Firmino de Oliveira.

Manuel Homem de Melo da Câmara (Conde de Águeda).

Manuel Jorge Forbes de Bessa.

Manuel Ribeiro do Amaral.

Mário Augusto de Miranda Monteiro.

Pedro Barbosa Falcão de Azevedo e Bourbon (Conde de Azevedo).

Pedro Ferreira dos Santos.

Sebastião Maria de Sampaio.

Severiano José da Silva.

Zeferino Cândido Falcão Pacheco.

O Sr. Tiago Sales: — Pedi a palavra sôbre a acta porque creio que ontem, ao tratar de assuntos de agricultura, me fiz compreender mal, porquanto, lendo hoje os» sumários dalguns jornais, vejo que afirmam ter eu dito que muito dos prejuízos ocorridos eram devidos a falta de transportes marítimos, quando, nu verdade, me referi na sessão de ontem apenas a transportes terrestres.

Não ouvi bem ler a acta, não fiei bem se lá se diz transportes terrestres se marítimos. Se se falou de transportes marítimos, peço a V. Exa. para mandar fazer a rectificação necessária.

O Sr. Presidente: — A acta refere-se apenas a transportes, não dizendo se são
terrestres se são marítimos. Mas serão atendidos os desejos de V. Exa.

Como ninguêm mais pede a palavra sôbre a acta, considera-se aprovada. Está aprovada.

Pausa.

O Sr.. Presidente: — Não há expediente.

Pausa.

O Sr. Presidente: — Os jornais de ontem, dão a notícia, e os de hoje confirmam
essa mesma notícia, de que em França se dou um atentado contra o Presidente do Govêrno Francês, M. George Clemenceau. Trata-se dum homem que todos nós, portugueses, respeitamos, que todos nós devemos estimar, porque êle representa não só a alma da França, como tambêm a alma e a raça latinas, às quais nós pertencemos.

A êsse homem se deve em grande parte o triunfo completo da causa dos aliados. Por isso, proponho que na acta da nossa sessão se lança um voto de congratulação por o Presidente do Govêrno Francês se ter salvo do atentado de que foi alvo, que se proteste contra esse atentado e se deseje o pronto restabelecimento dum dos maiores estadistas do nosso tempo. Julgo que interpreto o sentir de todo o Senado com esta proposta, devendo o Senado Português, se aprovar, comunicar o facto ao Senado Francês. (Apoiados).

Vozes: — Muito bem! Muito bem!

O Sr. Queiroz Veloso: — Sr. Presidente: o Senado ouviu com o mais profundo sentimento a notícia, que V. Exa. lhe comunicou, de que tinha havido uma tentativa de assassínio contra o ilustre Presidente do Govêrno Francês. Jorge Clemenceau não é hoje apenas uma grande figura da França: é um dos mais notáveis, dos mais insignes estadistas do mundo. Pela sua tenacidade, pela sua energia, pela sua mocidade de coração e de inteligência, a despeito dos seus 77 anos, Jorge Clemenceau, mais que ninguêm, concorreu para a vitória da França, para a vitória dos aliados.

No Govêrno da sua presidência se deve o ter sido colocado à frente do exército o marechal Foch. Foi êle quem propôs e de-