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Eu repito o que já disse: Tenho visto cousas estupendas. Não sã:> deste ano nem do ano passado; vêm de há muito tempo.

Disse V. Ex.a, e com razão, que os edifícios públicos não se resumem apenas aos edifícios de Lisboa, e q r. o temos de considerar muitos e variados edifícios espalhados por todo o país. Eu dou inteiramente razão a V. Ex.a Eu já ordenei a todos os directores das obras públicas, há qaási um mês, que fizessem um apanhado de todos os edifícios do seu distrito que fossem considerados monumen tos nacionais e de todos os edifícios que carecem de reparação, a fim «ie, depois de reparados, servirem para serviços públicos que só encontram instalados em casas particulares alugadas pelo Estado.

Há muitos edifícios a que se deve dispensar iodo o cuidado como verdadeiros monumentos nacionais que são. Neste grupo está o castelo de Leiria.

E necessário uma verba ptra fazer o isolamento em volta das muralhas, porque ali se estavam a construir umas barracas desprezíveis, que destruíam a estética do monumento, e era necessário pôr cobro a esse estado de cousas,

Resumindo: eu trouxe a proposta do lei ao Congresso, apenas para liquidar despesas e poder pagar aos ícdivíclaos incluídos no número dos operárias de diversos ramos e ainda aos professores das escolas industriais; poder satisfazer, em-fim, compromissos que o Estado creou no actual ano económico. Estou convencido de que essa verba não será ga&ta na to talidade, porque estou reduzindo mu to o pessoal das obras públicas, esperando que dois terços desse pessoal até o £m do ano estejam despedidos.

O orador f.wlo reviu.

O Sr. Alvares Cabral: — Congratulo-me com as pcl&vras que acabo,de ouvir ao Sr. Ministro do Comércio.

Espero que S. Ex.a fará tudo o quo puder para acabar com o despropósito que se dá nas obras do Estado.

Fiz parte do pessoal dirigente dos edifícios públicos no tempo em que era Ministro do Comércio o Sr. Galhardo e vi qne S. Ex.a fez tudo quanto pôde para, sob o regime das tarefas, moralizar esses trabalhos,

das Stssoe» do Scno-do

Veio, porém, o dezcmbrismo, e S. Ex.a não pôde levar a efrito o seu plano, e eu tive também de lá sair, o que me satisfaz, pcrque não poderia continuar a servir ali, nas condições em que se estava.

Lembro a S. Ex.a a vantagem que haveria em fazer empreitadas parciais, porque o sistema das tarefas já hoje dá lugar a sofismas, pelo facto do fazerem medições de trabalho fictícias.

Nas grandes empreitadas há também o inconveniente de haver, em geral, intermediários fazendo combinações uns com os outros, de forma que as obras ua"o se obtêm pelo preço cue era para desejar, ao passo que nas pequenas empreitadas é roais difícil fazer essas combinações, por serem, em geral, muitos os concorrentes.

O Sr. Herculano Galhardo : — Pedi a palavra para explicações, a fim de responder a S. Ex.a o Sr. Ministro do Comércio, ,e às considerações produzidas pelo Sr» Alvares Cabral relativamente à minha intervenção nas obras públicas, em 1917.

Ao Sr. Ministro do Comércio devo dizer que S. Ex.a fez afirmações de extrema gravidade, assim como também empregou terruos de extrema violência.

E claro que ante termos violentos, eu devo concluir que há factos, que efectiva-meuto careicem de rigoroso inquérito, e que S. Ex.51 vai por certo proceder com toda a energia para lhes aplicar o devido correctivo.

Quanto às referências feitas pelo Sr. Alvares Cabral, não era minha intenção tomar tempo ao Senado, mas em todo o caso, como S. Ex.:t teve ocasião de se referir à forma por que eu resolvi a greve da construção civil, eu devo dizer que consegui estabelecer o regime de tareias nas obras do Estado e, caso singular, não encontrei nisso dificuldades da parte dos operários, e, pelo contrário, encontrei até da parte deles a mais liai e dedicada colaboração. Quer dizer : tudo quanto se dhúa de que os operários é que prejudicavair o Estado por nada produzirem, não passava duma lenda, por isso qae eles não se recusam a trabalhar.

O orador r, ao reviu.