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Diário das Sessões do Senado

cederam a urgência e dispensa do Regimento para essa proposta e dispensam a chamada.

O Sr. Rodrigues Gaspar:—Declaro a V. Ex.a que os Senadores deste lado da Câmara concedem a urgência e dispensa do Regimento e dispensam a chamada.

O Sr. Lima Alves:—Sr. Presidente: os Senadores Constituintes concedem a urgência e dispensa do Eegimento.

O Sr. Sousa e Faro : — Declaro a Y. Ex .:i que os Senadores Independentes concedem & urgência e dispensa do Regimento para essa proposta.

Foi aprovado o requerimento.

O -Sr. Celestino de Almeida: — Sr, Presidente : pedi a palavra para dizer a Y, Es .a e ao Senado que o precedente dessa autorização sem limitação de quantitativo de crédito tem existido dentro da República e, se essa proposta viesse ao Senado sem vir já com a cifra taxativa marcada pela Câmar dos Deputados e que eu entendo que o Senado deve aprovar, eu proporia que o limite fosse muito superior n esse, porque esse, a meu ver, não chega para lazer face às necessidades e conveniências económicas que há a ter em atenção e ta/ja-o com tanta mais razão, porque eu a propósito da primeira lei que foi votada no Parlamento permitindo gastar i) que fosse necessário sem fixar previamente o qiiantuin dessa despesa, era Fe-Aereiro de 1916, lei que eu combati à ou-trance e em que fui vencido mas não convencido, não a combati todavia na fixação das quantias que fosse necessário despender porci:e era essa, na ocasião, a única cláusula sensata que, a meu ver, a lei continha.

Se não fosse de urgência votar este projecto, eu defenderia e proporia a rião fixação do limite do crédito e, no caso do se]' forçoso fixar esse limite, ele não fosse; a quantia irrisória que se determinou

O Sr. Lima Alves: —Não posso negar o meu voto ao pedido feito pelo Governo para que seja aberto um crédito nr, importância máxima de 30:000.000^00. H favor do Ministério da Agricultura.

Sou talver o Senador de maior autoridade, pelo facto do ter já sobraçado a pasta da Agricultura, para oferecer com consciência o voto ao projecto, pela razão simples de que nessa qualidade, por mais duma vez *me encontrei em altas dificuldades para resolver problemas e negócios daiueles que se devem, por assim dizer, apanhar pelos cabelos na devida ocasião.

Sou da opinião do Sr. Celestino de Almeida, o crédito de 30:000.000600, nas condições actuais, não é nada.

O Governo justificou o seu pedido dizendo que desejaria, no momento oportuno, fazer as compras de tudo que lhe fosse necessário aproveitando a baixa.

O crédito concedido ao Governo nas condições actuais dos mercados chegará, quando muito, para a quarta parte do trigo que será necessário comprar no estrangeiro. Portanto, a primeira aspiração do Govtrno acha-se imediatamente prejudicada, o que não quer dizer, em todo o caso, que com esse crédito o governo não possa já viver com um certo desafogo, tanto mais que eu sou de opinião que as compras não devem ser feitas todas 110 n~esmo momento.

Depois que eu deixei a pasta da Agricultura sofri algumasa cusaçôes, a maior parte provenientes daqueles que desconhecem os assuntos que correm pela pasta da Agricultura e as restantes foram-me dirigidas por aqueles que, conhecendo esses assuntos, só por falta de lia-aldade o p o deram fazer.

Assim eu fui mais do unia vez acusado directamente ou por insinuações de quo havia perdido a excelente ocasião para firmar contratos de trigo.