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Diário das Sessões ao Senado

República, e um deles deu bastante escândalo, num espectáculo de gala no antigo teatro da República, hoje S. Luís. j Pois, este oficial foi condecorado corn a gríLn--cruz da Ordem de Avis !

O Sr. general Jaime de Castro, que não conheço senão de tradição, por ler nos jornais a sua atitude em várias cons-piratas, também teve uma gran-cruz, tal qual como os generais Norton de Matos e Sousa Rosa, dedicados republicanos que à República, e à Pátria tem dedicado o melhor da sua vida. E, para que a afronta soja maior, estes foram agraciados apenas com ò oficialato.

Ora, eu pregunto se isto não é uma provocação à alma e à dignidade dos bons. republicanos.

Isto de modo algum pode tolerar-se, e eu vou estudar o assunto, e creia V. Ex.a, creia a Câmara que não largarei mãe dele sem procurar, por todas as formas, saber a que obedeceu a estranha anomalia de se premiar e conceder maiores honrarias aos inimigos da República do que aos que a defendem, e por ela tudo sacrificam.

O Sr. Presidente:—Transmitirei ao Sr. Ministro da Guerra as considerações de S. Ex.a

O Sr. Rodrigo Cabral: — Pedi à palavra a fim de mandar para a Mesa um. projecto de Jei acerca do período i'sco'ar na Escola Normal Primária de Pi nta Delgada, para o qual peço a urgência.

O Sr. Presidente: — O Sr. Rodrigo Cabral acaba de enviar para a Mesa um projecto referente à Escola Normal de Ponta Delgada.

Deliberou-se que o projecto transitasse para a comissão dê instrução.

O Sr. Celorico Palma:—Pedi a palavra a fim de mandar para a Mesa uma representação dos oficiais de justiça., em que pedem urgência para a votação do projecto de lei n.° 627, que me parece ser de todo o ponto justo.

Peço também a V, Ex.a a fineza de mo reservar a palavra paru quando esteja presente o Sr. Ministro das Finanças.

ô Sr. Presidente: — Está esgotada a inscrição. Vai passar-se à ordem do dia.

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente : — Vou pôr à discussão a proposta n.° 494, da iniciativa do Sr. Júlio Ribeiro da Silva, que trata de inquilinato.

O Sr. Herculano Galhardo: —Sr. Presidente: tendo sido apresentada na Câmara dos Deputados uma proposta em que se procura resolver o assunto de que trata este projecto, parece-me que seria vantajoso que se aguardasse quo essa proposta viesse â esta Câmara. Peço, por" este motivo, a V. Ex.a que consulte o Senado sobre se quere, que se suspenda a discussão deste projecto até que venha da outra Câmara a proposta que ali foi apresentada.

O orador não reviu..

Resolveu-se no sentido'indicado.

O Sr. Presidente: — Vai ler-se a proposta n.° 646 e o contraprojecto da comissão de guerra.

T^oi lida na Mesa. É a seguinte:

Proposta d s lei n.° 646

Artigo 1.° A escola de recrutas para os mancebos que, como voluntários do batalhão académico, tomaram parle no ataque de Monsanto em 23 e 24 de Janeiro de 1919 e nas operações militares que se lhe seguiram, contra os revoltosos monárquicos do norte, até 13 do Fevereiro do mesmo ano, terá a duração de seis semanas, desde que os ditos mance: bos satisfaçam às seguintes condições:

a) Ser a sua presença em Monsanto e nas operações do norte comprovada pelos registos e documentos do batalhão académico;

6) Serem julgados prontos da recruta, na 6.a semana, por um júri constituído peio comandante da unidade a que pertencem, pelo director da instrução e por um dos oficiais instrutores;

c) Terem bom comportamento civil e militar.