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Diário dai Setsôe» do Senado

por acaso, a Cabo Verde sem consideração pelos interesses da colónia, que demoram mais de cinco e seis dias à espera de que de Lisboa se lhes envie dinheiro para a compra de carvão.

Este serviço não pode continuar assim. Eu aproveito o ensejo de dizer ao Sr. Herculano Gralhardo que, para a resolução deste problema, estou pronto a resolvê-lo o mais depressa possível, porque eu entendo que não se deve prolongar por mais tempo tal serviço sem prejudicar a economia do país, sem que traga aqueles benefícios que era de esperar.

Depende da parte do comércio simplesmente a colaboração indispensável para que os Transportes Marítimos possam desempenhar essas funções.

Parece-me, assim, Sr. Presidente, ter respondido e dado as melhores esperanças de ver satisfeitas as reclamações do Sr. Vera Cruz, assegurando a S. Ex.a que envidarei todos os meus esforços para o mais depressa possível os ver satisfeitos.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Vera Cruz: — Pedi a palavra para agradecer ao Sr. Ministro do Comércio a forma cortês como teve a amabilidade de responder à minha interpelação e dizer-lhe que S. Ex.a não respondeu a um ponto a que me referi, qual é o de valer mais a pena mandar um telegrama de S,. Vicente a Lisboa e desta cidade para Boloma, do que directamente.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Fernandes Costa): — Sr. Presidente: efectivamente esqueci-me de me ocupar desse ponto, de que peço desculpa ao Senado, mas foi porque me passou de todo.

Eu peço a V. Ex.a que me dê essa nota de exemplos porque realmente eles são concludentes e demonstra mais a sua anomalia que existe em quási todos os serviços públicos, a fim de procurar re-aolvê-lo satisfatoriamente. .

Como S. Ex.a sabe, este assunto das taxas telegráficas está ligado a ama Convenção Internacional feita há pouco tempo,, e essa Convenção tem de ser observada.

O Sr. Vera Cruz: — Eu tenho aqui a tabela que me entregou o sub-intendente

de S. Vicente e de que recebeu ordem para pôr em prática em l de Abril ou l de Março.

O Orador: — Eu afirmo a S. Ex.a que essas anomalias, como outras que existem naqueles serviços, estão em estudo na Administração dos Correios e Telégrafos, para serem rectificadas. Eu junto essas indicações de S. Ex.a àquelas que já tinha, a fim de as resolver como for de justiça.

S. Ex,.a tem razão nas suas considerações, e eu peco-lhe, por isso, que me mande a nota que tem das taxas dos telegramas para eu estudar o assunto.

O Sr. Ministro das Colónias (Ferreira da Bocha): — Sr. Presidente: sou, na interpelação que o Sr. Vera Cruz fez, um interpelado assistente, vi;3to o desejo que S. Ex.a teve de interpelam o Sr. Ministro das Colónias com a minha assistência.

Todavia, como S. Ex.a algumas pre-guntas concretas me dirigiu, a elas farei referência, não o fazendo àquelas que, sendo demasiadamente concretas, não foram incluídas na sua nota de interpelação porque, evidentemente, não posso ter processos de cor, nem números fixados.

Nestes termos trato, em primeiro lugar do aumento das taxas telegráficas.

As taxas telegráficas entre as colónias e a metrópole, ou entre as próprias colónias, são fixadas a uma moeda da Convenção Internacional Telegráfica, que é o franco, e a parte das taxas que pertence às respectivas companhias é também em francos fixada.