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Sessão de 24'de Junho de 1924

tou procedendo por ordem do Ex.mo Sr. Ministro da Guerra, rogo a V. Ex.a as providências precisas para que aqueles Ex.raos Senhores compareçam a depor no gabinete do Ex.rao Sr. General Director da l.a Direcção Geral, no próximo dia 26. pelas 13 horas.

Autorizado.

Para a Secretaria.

Pura dar conhecimento aos interessados.

Projectos de lei

Alterando o artigo 1.° da lei de 23 de Agosto de 1913 (Acendedores portáteis).— Joaquim Silvestre.

À l.a Secção.

Foi a imprimir o projecto de lei n.° 507.

Carta

Do Sr. Sousa Varela, justificando faltas .

Para a comissão de faltas,

Telegrama

Da Associação Comercial de Malange, solicitando a urgente nomeação do Alto Comissário de Angola.

Para a Secretaria.

Antes da ordem do dia

O Sr. Ministro do Trabalho (Lima Duque) : — Sr. Presidente : peço a V. Ex.a a fineza de consultar a Câmara sobre se consente que entre em discussão a proposta de lei n.° 643.

Foi concedida.

O Sr. Oriol Pena: — Sr. Presidente: com a liberdade que o Regimento me concede 'de falar deste lugar, livremente, em meu nome pessoal, de qualquer assunto que me preocupe ou me tenha bulido com os nervos, quero começar por me felicitar como português, e congratular-me como Senador por Lisboa, pelo sucesso brilhante da tentativa de ligação do país com as colónias do Oriente, felizmente coroada de êxito graças aos esforços, à persistência, à coragem .de dois oficiais portugueses.

Feita esta minha sincera congratulação, quero fazer alguns comentários sobre o modo como ontom este caso foi tratado

na Câmara dos Deputados e apresentar a V o Ex.a e ao Senado os meus pontos de vista sobre esse facto.

Com estranheza vi derivar para questão política uma sessão de simples comemoração. Com tristeza e com mágoa vi deslocar-se a questão do eixo em que muito sensatamente a tinha posto o Sr. Cunha Leal, rejeitando-se a proposta apresentada por S. Ex.a, sendo-lhe anteposta" uma outra, feita pela esquerda da Câmara, ou seja uma proposta de amnistia, proposta esta que tinha sido repelida pelos representantes dos aviadores, então presentes, devidamente autorizados a fa-zê-lo, segundo afirmaram, como devidamente autorizado também - se julgou o Sr. Cunha Leal para a repudiar, em nome do seu partido, dentro dum ponto de vista que larga, 'calorosa e eloquentemente esplanou.

Não pude deixar de ver com mágoa, com tristeza, até com aflição para o meu coração de português, que se deslocasse assim uma questão, envolvendo de facto o bom nome de Portugal e que devia ser anteposta, na sua fase gloriosa, a qualquer espécie de política.

Em todas estas cousas de aviação eu tenho tido a má sina de ser sempre apontado como voz discordante, isto num país em qne o comum dos mortais, leitor de jornais, mais facilmente vê uma linha em normando do que lê as linhas seguintes e o que elas querem dizer.

Ainda há pouco O /Século, a propósito dumas reservas feitas por mim num dado momento sobre a viagem que estes oficiais projectaram e prosseguiam, e em que nada havia que os pudesse contrariar ou contraditar o brilhantismo do feito, aquele jornal encimou as considerações por mim feitas, comentários absolutamente anódinos, fielmente traduzidos no relato da sessão, com o normando: «A voz discordante do Senador Sr. Oriol Pena»,'intercalando a referência na secção reservada aos aviadores.