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Sessão de õ de Agosto de 1925

bremanoira, está causando .perturbações no nosso País, com referência às autoridades administrativas. .

- C desprestígio , dos homens que se encontram à frente dos vários concelhos do País ó cada vez maior e, se isto assim, continuar, dentro de breves dias não há quem queira tomar conta desses cargos/ aliás bem indispensáveis.

- E o easo de ainda há bem poucos dias, num d)s concelhos do distrito de Coimbra, o delegado do Governo, que é ao mesmo tempo secretário da Administração de Coimbra, pretendendo intervir num caso deordem pública,-ter sido violentamente iisultado pela.guarda republicana, e de til forma que, se não tem o bom. senso (e se calar e retirar., seria certamente ijizilado.

É uri facto que os delegados do Governo, jjor esse Pais fora, não tem autoridade alguma.

Quempanda são os diversos cabos co-mandantjs dos postos da guarda repu*. blicana issses concelhos.

Qualquer parvo, • qualquer imbecil, qualquer \analfabeto, julga-se com autoridade siberior à do'' delegado do Governo. , • ' •','. • • •

Este esado de cousas não pode continuar para prestígio'das autoridades e das. instituições

Está se- jransformando tudo isto num verdadeiro ;aos, ou seja numa verdadeira tropa fandnga, em que todos" mandam e em que às autoridades são corridas a tiro, quandi pretendem fazer-se respei- ' tar. l

i

O Sr. RÍBiro de Melo (em aparte}:.—-Não há rei nm roque.

. O Orador í-Diz V. Ex.a muito bem. Não há reinem roque. , , ,

Podia enuierar' muitos outros'factos comprovativo!, ,dòs abusos cometidos por esse País • foíi, mas isso seria cansar a Câmara, que íles tem tam bom conhecimento como &i •. • JT? '; . Peço, pois; \ V. Ex.a, Sr. Presidente/, logo que se avi|e com o Sr, .Ministro-do., Interior, se dijie solicitar:a;sua-interferência para pôum freio a esses pequenos déspotas, ue julgam que o País é deles. \ _ ; : -Tenho dito. ', s- - . ;, •',. V

O Sr,. Presidente: -r- Comunicarei ao Sr. Ministro dó .Interior as considerações que V. Ex.a acaba cie fazer.

O Sr. Ribeiro de Melo: — Sr. Presidente: excepcionalmente proponho um voto de sentimento pelo ' falecimento do Dr. João Abel da Fonseca, pai do ilustre Deputado e nosso plenipotenciário em Paris, Sr. António da Fonseca.

Foi uma das pessoas mais liberais da Beira Baixa, com quem o-regime, logo após a sua implantação, -absolutamente contou. . .."'."'/'.'•

Conservóu-sè sempre ò espírito mais liberal da República-, auxiliando o regime republicano em todas as eleições e em todos os transes difíceis por que tem passado. • \

Merece, pois, a meu ver, um'voto de sentimento do Senado pela maneira como auxiliou o regime republicano e pela forma como soube encaminhar na vida os seus filhos,-que à República têm prestado o melhor do seu esforço. • • .

Portanto, peço a V. Ex.a para transmitir -'esta manifestação da Camará à família, ^representada pelo nosso Ministro enr -PàTis e, bem assim; -por seu filho, o engenheiro Sr. Ferreira da Silva, caso o Senado assim o entenda. -

Tenho dito'.''. ""

O orador não-reviu.

v i ••'..-

O Sf. Augusto,, de Vasconcelos: — Sr. Presidente: em,nome deste lado.da Câmara, associ.õ-me nãq só ao voto'de sen-,-timento proposto pelp Sr. Ribeiro .de Melo. e à- comunicação h família desta deliberação do Senado, más também às palavras de justiça..proferidas por S. Ex.*^ a propósito deste ilustre cidadão português, pai do nosso . ministro em Paris^ que todos os republicanos, estimam e apreciam.

• Associo-me pois em meu nome e_no do meu partido ao .voto proposto por S.-Ex.a o Sr.'Ribeiro de Melo.; ;:.