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Diário das Sessões do Senado

A propósito da aprovação dos duodécimos na Câmara dos Deputados, fizeram--se amargas referências contra o Senado.

A Câmara dos'Deputados entendeu que nós não cumprimos o nosso dever por não nos reunirmos aqui à noite, na sexta-fei-rã 31 do mês de Julho último, para aprovarmos uma proposta de lei que os Srs. Deputados deviam ter aprovado dois ou três dias antes.

Sr. Presidente: o Senado não merece lições de quem quer que seja no que diz respeito ao cumprimento dos seus deveres ; cumpre-os escrupulosamente.

Se os Srs. Deputados tivessem cumprido com o seu dever, votando os duodécimos a tempo e horas, para ser aqui discutido devidamente, não se tinha dado este lacto anormal de se não ter votado durante o mês respectivo o duodécimo que se devia ter votado.

Não cabem, por consequência, censuras àqueles qae escrupulosamente sabem cumprir os seus deveres, mas vão para aqueles que tardiamente -os desempenham.

Tenho dito.

Vozes: —Muito bem.

O Sr. Presidente: — O principal culpado fui eu de não consultar o Senado sobre se permitia que se prorrogasse a sessão até chegar à Mosa a proposta dos duodécimos, mas realmente pareceu-me interpretar o sentir do Senado, encerrando a sessão como protesto contra o desdém como o Senado tem sido tratado pela Câmara dos Deputados.

A Câmara dos Deputados teve esta proposta de lei em seu poder durante cinco dias, para a discutir, não o fazendo e não tendo até daco sessão nesse lapso de tempo por falta de número, cousa que nuaca se deu no Senado durante a actual sessão legislativa.

Apesar das censuras que a Câmara dos Deputados dirigiu ao Senado, a verdade é que ainda só hoje recebi a proposta que ali foi votada.

U orador não reviu. •

O Sr. Pereira Osório:—Podia a V. Ex.dv para me dizer se o antes da ordem do dia já passou ou se estamos ainda no tempo de antes da ordem. • .

O orador não reviu. •

O Sr. Presidente :—Quando a sessão se interrompeu, íamos a entrar na ordem do dia.

O Sr. Costa Júnior:—Requeiro cBspen-sa da última redacção para a proposta dos duodécimos.

O Senado aprovou este requerimento.

Ò Sr. Pereira Osório:—Pedi a palavra para propor um - voto de sentimento pela morte do grande actor José Ricardo.

O teatro português está de luto.

Perdeu uma das suas mais lídimas figuras, e como o Parlamento tem prestado sempre as suas homenagens a esses grandes actores que têm-desaparecido da sce-na portuguesa, proponho por isso também um voto de sentimento por este desaparecimento.

O orador não reviu.

O Sr. Procópio de Freitas :—Pedi a palavra p?.ra me associar ao voto de sentimento proposto pelo ilustre Senador Sr. Pereira Osório.

O Sr. Augusto de Vasconcelos:— Pedi a palavra para me associar ao voío de senti jaeiito proposto pelo nosso ilustre colega Sr. Pereira Osório.

Efectivamente a scena portuguesa acaba de perder um dos seus grandes mestres,' um daqueles que fazia a. honra de uma das mais notáveis gerações de artistas, que tem engrandecido o teatro português.

O Sr. Dias de Andrade:—Pedi a palavra para em nome da minoria católica me associar ao voto de sentimento proposto pelo Sr. Pereira Osório.

O Sr. D. Tomás de Vilhena:— Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar ao voto de sentimento proposto pelo nossq colega Sr. Pereira Osório.