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24 DE MAIO DE 1961 1395

responde a 18 por cento do número total de nascimentos (nados vivos + nados mortos)».
Pois bem, em 1959, entre 194 812 nascimentos com vida, registaram-se no continente 7100 nados mortos e 16 766 óbitos de crianças com menos de l ano, ou seja, o total de 23 867, contra os 31 862 registados em 1940, embora o número de nados vivos neste ano fosse inferior ao ocorrido em 1959.
Houve, assim, no ano de 1959, em relação a 1940, uma poupança de vidas de cerca, de 8000, se se tivessem mantido as taxas de mortalidade infantil deste último ano.
Tendo em consideração, como acontece em tantos outros países, apenas os nados mortos com 28 e mais semanas, o número destes descerá para 6151, em vez dos 7100 registados no Anuário Estatístico.
Quer dizer: no aspecto da mortalidade infantil, a nossa situação, embora tenha melhorado nos últimos anos, está muito longe de ser satisfatória.
Do parecer referido constam os dados estatísticos pertinentes aos anos de 1925 a 1940.
Para conhecimento da forma como tem evoluído a mortalidade infantil, inserem-se a seguir os relativos aos anos de 1941 a 1960:

Óbidos de crianças de menos de 1 ano de idade por 1000 nados vivos
1941..................... 150,78
1942..................... 131,35
1943..................... 132,62
1944..................... 122,17
1945..................... 114,92
1946..................... 119,42
1947..................... 107,25
1948..................... 100,20
1949..................... 114,50
1950..................... 94,11
1951..................... 89,09
1952..................... 94,33
1953..................... 95,53
1954..................... 85,54
1955..................... 90,67
1956..................... 87,82
1957..................... 87,97
1958..................... 83,99
1959..................... 88,60
1960..................... 77,49

Fonte: Anuário Estatístico e Instituto Maternal.
As taxas referidas mostram que entre 1941 e 1960 houve uma baixa de 77,29 unidades, quando nos 15 anos anteriores se manteve praticamente constante.
Por distritos, a mencionada baixa acusa diferenças verdadeiramente extraordinárias, como pode ver-se do quadro seguinte:

QUADRO N.º 5

[Ver Tabela na Imagem]

Fonte: Anuário Estatístico.

Também as taxas de mortalidade infantil, por concelhos, a partir de 1862, são reveladoras da sua desigualdade dentro do mesmo distrito.
Nos últimos vinte anos, e em relação aos concelhos de cada distrito, essa desigualdade não só se manteve, como, em certos casos, se agravou.
Basta referir os taxas verificadas em 1939 e 1959 em dois dos concelhos, por distrito, que acusam maiores diferenças para mostrar o fundamento da afirmação.

Aveiro:

Vale de Cambra:

1939.............. 100,7
1959.............. 52

Espinho:

1939 ............. 167,6
1959 ............. 168,15

Beja:

Odemira:

1939.............. 86,4
1959.............. 58,82

Aljustrel:
1939.............. 127
1959.............. 167,81

Braga:

Vieira:

1939............. 59,5
1959............. 54,10

Guimarães:

1939............. 173,3
1959............. 145,46

Bragança:

Vila Flor:

1939............. 138,4
1959............. 163,26

Vimioso:

1939 ............. 138,4
1959. ............ 163,26