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1210 ACTAS DA CÂMARA CORPORATIVA N.º 99

O critério de elaboração das contas que o Plano apresenta não está conforme com as informações recentemente colhidas.
Assim, e por o estudo estar desactualizado, pelas razões referidas no número anterior, a Câmara entende necessária a revisão das contas de custo do estabelecimento do eucaliptal, com o fim de se saber se se deve manter ou não esta espécie na florestação preconizada.

12. O Plano prevê que o Pinus Pinea ocupará uma área de 9040 ha O custo de estabelecimento estimado também carece de revisão, não só porque não se considerou o juro do capital fundiário, etc., como porque não estão atendidas realidades do momento, o que se exemplifica com o facto de na conta se ter atribuído rendimento líquido a lenha da desiama, quando o certo é que ela praticamente não tem comprador na região, como acontece no perímetro de Mértola, se bem que esteja perto da vila, em zona pouco arborizada.
Ainda, segundo as informações colhidas em Huelva, porque não se obtiveram ma região elementos de informação sobre índices de crescimento de pinhal instalado em condições idênticas às que vai encontrar o que está previsto, em Espanha, relativamente perto da nossa fronteira, em solos delgados de xisto pode considerar-se uma produção média anual de 1 m2 de madeira por hectare, efectuando-se o primeiro corte no 20.º ano Assim, julga-se que a conta apresentada no Plano não deverá parar no 15.º ano

13. Segundo o Plano, uma área de 8269 ha virá a ser ocupada pelo Quercus suber. A conta elaborada, para se estimar o custo de arborização com esta espécie, assenta em hipótese pouco frequente. Por exemplo não considera o arranque e queima do mato antes da sementeira quando, se ele não existe já, há-de existir na maior parte da zona a arborizar e esquece a necessidade de ser renovado esse arranque de três em três anos para favorecer um desenvolvimento do novedio e evitai o perigo de incêndio. Estas operações eram, até há pouco, feitas quer pelo proprietário, quer pelo seareiro quando da preparação da terra para cerealicultura Mas hoje, na região, esses solos declivosos, delgados ou esqueléticos estão praticamente abandonados ao mato, isto porque, dadas as despesas e a fraca produtividade do solo, a cultura arvense não tem ali rentabilidade. Aliás, a razão por que se pretende fazer a «reconversão» é precisamente para não se agricultarem esses solos Sendo assim, as despesas que forem necessárias têm de ser pagas exclusivamente pela cultura florestal que lhes dá origem.

fixe!!!

O segredo é louvar em meio à luta
É cantar enquanto espera
Exaltar quem prova a tua fé

O segredo é manter a transparência
É viver as evidências
Deus recebe teu louvor

O segredo é sorrir no teu problema
É dar graças em meio ao dilema
É cantar um hino de amor

O inimigo quer te ver no chão caído
Mas você tem um amigo
Jesus Cristo, Salvador

O problema do arranque do mato causa hoje sérias preocupações, principalmente pela rapidez com que se renova Quanto ao seu periódico arranque, depois de instalada a arborização, pode porventura dizer-se que se torna mais económico arrancar o mato apenas no ano da sementeira, pois que os sobreiros lá irão vivendo, pelo menos os que ao fim de anos venham a satisfazer a um povoamento capaz. Mas que resultará mais conveniente sob o ponto de vista económico? Terem-se crescimentos mais rápidos, embora impliquem maiores despesas, ou mais lentos em espécie já de si muito lenta. A noção que prevalece na lavoura da região é a de que convém arrancar sempre o mato até no montado adulto, o qual necessita de menos cuidados que aquele que está em crescimento. Isto representa um grande encargo Para bem poder avaliar-se deste, diremos que na herdade denominada «Donas Manas», junto da Herdade da Contenda (esta incluída no Plano), o proprietário, para mais barata lhe sair a limpeza do mato e mobilização do solo, dá de graça a terra ao seareiro, pagando ele a poda do sobreiral e ficando o seareiro, que recebe ainda 125$ por alqueire de terra em semeadura, ou sejam, aproximadamente, 750$ por hectare, com a cortiça da falta e com a lenha Passa-se isto de sete em sete anos no máximo. Noutros sítios do Baixo Alentejo, como, por exemplo, nos concelhos de Beja, Our que e Vidigueira, já nem de graça é tomada a terra desde que tenha mato. Na Herdade de Santo Isidro, concelho de Beja, junto ao Guadiana, onde até há pouco toda a terra era tomada por seareiros, agora desaparecidos, teve o proprietário de empregar largas dezenas de trabalhadores durante meses para procederem à limpeza do terreno no sobreiral.
Conseguiram-se elementos na maior arborização que se conhece nas margens do Guadiana com sobreiros semeados em linhas distanciadas de 8 m, com a idade de 15 anos, e a extensão aproximada de 350 ha, situada no Monte Coelho -, em solos declivosos semelhantes aos da zona do perímetro onde no Plano se preconiza a florestação Ah os trabalhos de desbaste e tiragem da falca foram dados de empreitada, recebendo o proprietário 12$ líquidos por arroba de cortiça produzida, cerca de 4,5 arrobas por hectare. A lenha não teve valor, pois, apesar de oferecida aos empreiteiros, estes deixaram-na abandonada no campo.
O problema da valorização da lenha vem resultando grave Deve-se isto à rápida generalização do uso de fogões a gás butano verificada de há poucos anos para cá e ao apetrechamento das padarias com queimadores a gasóleo. Não vai longe o tempo em que estas utilizavam exclusivamente lenhas das podas ou mato Hoje, praticamente, só a consomem os fornos de cal branca de caiar, porque mesmo os de cal de obra têm desaparecido, devido a concorrência da cal hidráulica e do cimento. A própria lenha chamada «grossa» tem sofrido grandes desvalorizações desde há poucos anos - menos cerca de 60 por cento O mesmo acontece ao carvão dito de «sobro», que hoje se vende no campo a 75 por cento menos
E pois nestas realidades, que brevemente se referiram, e noutras que devem assentar os cálculos de uma conta de custo de estabelecimento, não se esquecendo, repete-se, que a florestação se efectivará em solos delgados e esqueléticos, onde os crescimentos são muito diferentes dos que se podem obter noutras zonas ecológicas, como, por exemplo, nas que se situam perto do litoral atlântico. Se nestas aparecer o primeiro rendimento do sobreiro ao 10.º ano, na que se aprecia não surgirá antes do 15.º ou 16.º

14. No Plano afirma-se, e bem, que

Presentemente, os trabalhos florestais implicam investimentos de tal modo elevados e com tão grande projecção nas estruturas económica e social que os seus resultados não podem ser mero fruto do acaso [ ] O êxito de tais empreendimentos já não está apenas dependente das técnicas seguidas, mas ainda do cuidado posto na construção de diversas obras complementares da arborização.

As indispensáveis obras complementares são a construção de uma rede adequada de caminhos, a construção de casas para guardas e pessoal que trabalha nos povoamentos, estabelecimento de viveiros, captações de águas, defesa contra a erosão, defesa contra fogos, que implica a construção de arrifes, aceiros e acessos, construção das necessárias torres de vigia, estabelecimento de uma rede telefónica adequada ou de outros meios de transmissão.
Para estas obras indispensáveis não se estima qualquer importância no Plano, dizendo-se que
Dado o carácter de generalidade do presente Plano, a localização dos referidos trabalhos, o custo e restan-