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2 DE NOVEMBRO DE 1967 1315

Reconstituídos os quadros do projecto do III Plano de Fomento, previsível previsível, dentro dos condicionalismos ]á formulados, uma variação de 10,3 milhões de coutos no excesso de coberturas das responsabilidades ata 90 dias (de 13 504, em 1967, para 23 757 milhares de contos, em 1973).
Em suma, a secção julga ser conveniente rever as estimativas da contribuição da banca comercial, pois de entre os valores apresentados somente a parcela atribuída a promissórias de fomento nacional merece maior confiança

17. A avaliação da capacidade de financiamento da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência considera uma progressão do investimento no período do III Plano de Fomento partindo da base de 1 milhão de contos no primeiro ano, a qual tem sido constante o largamente ultrapassada posteriormente a 1961, e em particular em 1966 (Cf. relatório da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, 1966)
Parece também poder inferir-se que a previsão cautelosa das potencialidades derivadas dos depósitos, sobretudo dos necessários, terá resultado de uma tentativa de ajustamento àquela projecção dos investimentos, que se alheia da evolução passada, como se depreende dos números abaixo indicados

QUADRO XIV

Ritmo de crescimento cumulativo das operações a médio e longo prazo

(Percentagens)

(ver tabela na imagem)

Talvez o projecto tenha admitido que o período de 1960-1966 correspondeu a uma fase de política creditícia caracterizada pela expansão muito acentuada das operações a médio e longo prazo em correlação com um decrescimento relativo das operações a curto prazo e que esse movimento estará a chegar ao seu termo (na verdade, após um período de decréscimo, as operações a curto prazo registaram em 1965 uma evolução positiva - cf quadro XIII anexo ao relatório do Grupo de Trabalho n º 12 - o a proporção reservas de caixa/totalidade de depósitos tem diminuído, sobretudo nos últimos dois anos). Afigura-se, no entanto, que a hipótese de recuo tão substancial nas operações anuais de médio e longo prazo será demasiado prudente, o que eventualmente deixará - e isso representa uma vantagem - margem mais ampla para a capacidade global das instituições financeiras
Por seu lado, a projecção dos depósitos de particulares foi extrapolada à taxa anual de 8,5 por cento, nível que terá sido influenciado por um abrandamento de ritmo no período de 1960-1965 (32/3 por cento) em resultado da quebra registada em 1961, não se terá, eventualmente, tornado em consideração que, a partir desse ano, a taxa de crescimento cumulativa atingiu cerca de 5 1/2 por cento (c£. quadro X anexo ao relatório do Grupo de Trabalho n.º 12), e que as recentes providências de melhoria das remunerações dos depósitos na Caixa Geral dos Depósitos, Crédito e Previdência virão a constituir, certamente, motivo de atracção
Quanto aos depósitos necessários, a manter-se a taxa anual de acréscimo de 6,6 por cento, observada em média no período de 1955-1965, chegaríamos aos seguintes resultados

Milhares de contos
1967 ............... 8 328
1973 ............... 12 281

que traduziriam uma variação de 3,9 milhões de contos, no sexénio A estimativa do projecto não vai além de 22 por cento daquela variação, pode, por isso, considerar-se moderada, mesmo tendo em atenção que os novos recursos derivados de depósitos deverão dirigir-se também a aplicações de curto prazo, uma vez que estas apresentam um volume estável, se não decrescente, podendo, por conseguinte, ser alimentadas, essencialmente, pelo reembolso dos créditos vencidos
No projecto do III Plano de Fomento justifica-se a prudência desta projecção pela previsão de decréscimo nos depósitos de previdência social7, deve salientar-se que em 1966 se verificou, efectivamente, uma variação negativa naqueles depósitos, mas que a taxa de crescimento dos depósitos necessários neste último ano - cerca de 2 por cento- foi influenciada também por uma quebra no ritmo de crescimento dos depósitos necessários na Caixa Económica Portuguesa
Idêntica moderação se observa na projecção da poupança formada nos serviços privativos da Caixa Geral dos Depósitos, Crédito e Previdência e na Caixa Nacional de Crédito (aumento dos diversos fundos de reserva e previsão) Com efeito, a partir da expansão verificada no período de 1955-1966, à taxa anual cumulativa de 7,1 por cento, em média, pareceria legítimo avaliar o montante desses fundos, para os anos extremos do Plano, em

Milhares de contos

1967 ......... 3 167
1973 ......... 4 780

ao que corresponderia uma variação de mais de 1600 milhares de contos no sexénio, em lugar dos 750 milhares de contos estimados no projecto
Outra fonte potencial de recursos - volume de reembolsos das operações em curso - parece estar, igualmente, subavaliada, como consequência, aliás, de prudência na previsão das operações a médio e longo prazo
Poderá prever-se, ainda, que, por um lado, a desmobilização de reservas de caixa que se tem verificado nos últimos anos (de 85,4 por cento da totalidade de depósitos, em 1960, estas passaram para 26,4 por cento em 1966) e que é susceptível de prosseguir ainda durante algum tempo, e, por outro, a mais rápida rotação dos fundos aplicados, inerente ao aumento da proporção das operações a médio prazo no conjunto do crédito a prazo concedido 7, possam reforçar apreciavelmente a capacidade

7 Que, no entanto, em 1060-1965 representaram, em média, menos de 16 por cento da totalidade dos depósitos necessários

8 De 1065 pata 1066 a taxa de crescimento atingiu 0,5 por cento.

8 Percentagem do médio prazo no total de crédito a médio e longo prazo concedido durante o ano

Percentagem

1960 ........... 39
1961 ........... 32
1962 ........... 26
1963 ........... 21
1964 ........... 36
1965 ........... 46
1966 ........... 53