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682 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 168

Francisco José Vasques Tenreiro.
Frederico Bagorro de Sequeira.
Jerónimo Henriques Jorge.
João Augusto Marchante.
João Carlos de Sá Alves.
João Cerveira Pinto.
João Mendes da Gosta Amaral.
João Pedro Neves Clara.
Joaquim Mendes do Amaral.
Joaquim Pais de Azevedo.
José Fernando Nunes Barata.
José de Freitas Soares.
José Garcia Nunes Mexia.
José Hermano Saraiva.
José Manuel da Costa.
José Monteiro da Rocha Peixoto.
José Rodrigo Carvalho.
José Rodrigues da Silva Mendes.
José Sarmento de Vasconcelos e Castro.
José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.
Júlio Alberto da Costa Evangelista.
Laurénio Cota Morais dos Reis.
Luís de Arriaga de Sá Linhares.
Luís Maria da Silva Lima Faleiro.
Luís Tavares Neto Sequeira de Medeiros.
Manuel Colares Pereira.
Manuel Homem Albuquerque Ferreira.
Manuel José Archer Homem de Melo.
Manuel Lopes de Almeida.
Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.
Manuel Maria Sarmento Rodrigues.
Manuel Nunes Fernandes.
Manuel Seabra Carqueijeiro.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
Manuel Tarujo de Almeida.
D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.
Mário Angelo Morais de Oliveira.
Mário de Figueiredo.
Martinho da Costa Lopes.
Paulo Cancella de Abreu.
Purxotoma Ramanata Quenin.
Ramiro Machado Valadão.
Rogério Noel Feres Claro.
Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.
Tito Castelo Branco Arantes.
Urgel Abílio Horta.
Virgílio David Pereira e Cruz.
Vítor Manuel Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 85 Srs. Deputados.
Está aberta a sessão.
Eram 16 horas e 25 minutos.

Antes da ordem do dia
Deu-se conta do seguinte

Expediente
Telegramas

Do Sr. Cardeal-Patriarca do Lisboa a agradecer as palavras do Sr. Presidente proferidas na Assembleia a propósito da deslocação de Sua Eminência em representação do Santo Padre para efeito da inauguração da nova capital do Brasil.
De agentes técnicos de engenham de Angola a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Saraiva de Aguilar acerca da situação da sua classe.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Cota Morais.

O Sr. Cota Morais: - Sr. Presidente: no passado dia 7 faleceu o vice-almirante Alfredo Botelho de Sousa.
Oficial da nossa marinha de guerra dos mais distintos, foi técnico naval consagrado, conhecedor profundo dos assuntos da defesa nacional e sabedor, como poucos, dos problemas de guerra internacionais.
Pela sua vasta cultura, pelo seu extraordinário bom senso e pela sua inteligente objectividade, foi numerosas vezes consultado pelas mais altas individualidades do Estado e tomou parte em diversas conferências e reuniões internacionais, prestigiando a Nação e contribuindo sempre para o bom nome de Portugal.
E bastariam estas razões, se mais não houvesse, para julgar que era dever evocar nesta Assembleia Nacional, com consideração e saudade, o vice-almirante Botelho de Sousa e em nome da população do distrito de Ponta Delgada - donde era natural e onde todos o estimavam e respeitavam -, prestar a mais sentida homenagem à sua memória.
Apesar dos numerosos e exaustivos trabalhos de que estava encarregado - ou de que ele próprio se encarregava -, independentemente dos elevados cargos que desempenhava e das honras que lhe competiam ou lhe dispensavam, Alfredo Botelho de Sousa, sempre modesto e sempre grato, jamais esqueceu a terra longínqua, bem portuguesa, onde nasceu e que com frequência visitava. Era sempre com carinho e interesse que se referia aos Açores e especialmente a S. Miguel, sua terra natal.
Como micaelense - e, portanto, como açoriano - que muito me orgulho e honro de ser, não podia, na realidade, também deixar de lhe prestar a minha modesta homenagem.
Sr. Presidente: o vice-almirante Botelho de Sousa consagrou a sua vida ao estudo e ao cumprimento do dever e fê-lo com o mais perfeito rumo, conquistando as mais elevadas classificações nos seus cursos e atingindo os mais altos e distintos cargos na sua vida profissional.
Dedicando a sua intensa actividade e a sua extraordinário capacidade de trabalho principalmente aos assuntos do mar, e em especial aos da marinha de guerra, tudo fez para a desenvolver, prestigiar e engrandecer.
Já como Deputado às Constituintes de 1911, e seguidamente como senador, na qualidade de relator do orçamento da Marinha, fez ampla e douta exposição sobre a situação relativa a armamentos navais de então, pondo em evidência a necessidade de procurarmos, por todos os meios ao nosso alcance, dotar o País com os indispensáveis elementos de defesa.
Por mais de uma vez e por diversas maneiras destacou que «uma marinha não se improvisa» e que «se o material leva anos a construir, muito mais demorada é ainda a preparação do pessoal».
Neste sentido foi eficientíssima a sua actuação como professor da Escola Naval, educando e instruindo gerações sucessivas de distintos marinheiros. E mais talvez do que os merecidos louvores oficiais que pelo desempenho deste cargo lhe foram conferidos, o respeito, a estima e a admiração que por ele tinham os oficiais da nossa Marinha evidenciam a utilidade real e a importância deste seu trabalho.
E trabalhou sempre e sempre, especialmente para a Marinha. Ainda depois de passar à reserva, e até mesmo após atingir a situação de reforma, continuou os seus estudos e publicou a História Militar Marítima da Índia, aumentando assim valiosamente a sua importante bibliografia, da qual já faziam parte, entre outras obras, as Lições de Arte Militar Marítima, Novas For-