O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

858 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 215

a emigração portuguesa para o Canadá de cerca de seis anos, es imigrantes, na sua maioria, encontram-se ainda num período instável de adaptação.

Cultura portuguesa. - Não existe no distrito cônsul u r em referência qualquer escola ou centro de cultura portuguesa. Existe a Associação Portuguesa, que se propõe uns recreativos, culturais e de assistência, mas que vive com dificuldades.

Toronto

Portugueses inscritos até 31 de Dezembro de .1958 - 3518.

Portugueses que entraram na província de Ontário até à mesma data - 11 728.
Nesta província os nossos imigrantes empregam-se principalmente como trabalhadores agrícolas, lenhadores, operar, os de construção, reparação de caminhos de ferro, construção civil, fábricas e minas.

O nível económico e social da colónia é baixo.

Cultura portuguesa. - Não existem escolas portuguesas na província. de Ontário.
Existem, dois cursos de Português na Universidade de Toronto: um destinado aos a unos da Faculdade de Ciências, outro para os alunos Io 4.º ano de artes (secção de Filologia). Ambos os Cursos são rudimentares, sendo a sua duração de uma hora por semana.

Venezuela

Colónia portuguesa. - E de cerca de 40 000 o número de portugueses que presentemente se encontram a trabalha: na Venezuela, podendo considerar-se, sem erro de fundo, que mais de 90 por cento vivem em Caracas e arredores.

Profissões e nível social e económico. - Não há números oficiais que permitam apurar com segurança qual é a composição da nossa colónia no que respeita a profissões e nível social e económico.

Uma vez chegados, os imigrados lançam mão de qualquer trabalho, ou do que prefiram e encontrem, ou do que is contingências do mercado de trabalho lhes oferecem.

Do conhecimento da missão diplomática de Caracas, há, entre os 40 000 patrícios aqui residentes: com cursos superiores, apenas 3 engenheiros civis; com curso completo dos liceus ou equivalente técnico, talvez umas 3 ou 4 dês e nas; com habilitações excedentes à da instrução primaria, algumas centenas, e todos os demais com instrução primária, completa ou incompleta.

Nível social e económico. - E muito melhor, no geral, do que o dos venezuelanos das mesmas classes, mais ou menos igual u» do dos espanhóis seus concorrentes, talvez ura pouco abaixo do dos italianos e do dos outros europeus.

Escolas e centros culturais portugueses. - Não temos nada na Venezuela, e este é um problema que a missão em Carácter sempre tem considerado da maior importância, per razões óbvias. Toda a expressão cultural naquele país é feita através de três semanários em língua portuguesa (O Lusitano, Ecos de Portugal e Madeira) a três programas diários de rádio em língua português: (Voz da Madeira, Recordar É Viver e Ecos de Portugal}. Os jornais têm um pequeno nível ainda. Os programas de rádio são melhores. Fazem um resumo das notícias da Emissora Nacional.

Argentina

Colónia portuguesa.-Aproximadamente 46 000 (última estatística argentina), dos quais uns 28 000 em Buenos A: rés e arredores, uns 8000 em La PI ata e arredores e uns 4000 em Comodoro Eivada VI a Encontram-se inscritos no Consulado de Buenos Aires, desde 1930, 22 132 portugueses.

Profissões. - Trabalham frequentemente na agricultura, construção civil, indústria petroleira e pequena indústria (caixotaria e fabrico de tijolos).
Cultura portuguesa. - Associações portuguesas de Buenos Aires: Sociedade de Socorros Mútuos, com serviço hospitalar; Clube Português (com maioria de sócios minhotos); Centro Pátria Portuguesa (com maioria de sócios algarvios).
Associações portuguesas em Comodoro Rivadavia: Associação Portuguesa de Beneficência e Socorros Mútuos.

Não existem aqui escolas portuguesas. -

Mantêm cursos de língua portuguesa em Buenos Aires o Centro de Estudos Brasileiros e o Instituto Brasileiro-Argentino de Cultura.

Observações. - O nível de vida da grande maioria é modesto.

Uruguai

Colónia portuguesa.-O número de inscrições actualizadas é de 913; além destas, há 4.13 não actualizadas, posteriores a 1938.

Segundo um cálculo aproximado, o número de portugueses residentes deve oscilar entre 2500 e 3000.

Profissões. - Os portugueses residentes neste país dedicam-se, em proporções quase iguais, à agricultura e a trabalhos manuais na cidade - carpinteiros, padeiros, pasteleiros, pedreiros, alfaiates, chauffeurs, operários dos frigoríficos de carne e outras indústrias, especialmente em Montevideu.

A colónia portuguesa é pobre e constituída por emigrantes pobres, incultos, oriundos dos mais atrasados centros rurais. Há apenas dois portugueses ricos: um, armador; outro, industrial de cortiça. A maioria está em situação modestíssima, mas muitos conseguiram triunfar e viver desafogadamente; vivem quase todos em Montevideu ou arredores, com excepção de uma centena, residente em Salto, e exíguo número distribuído por todo o território uruguaio.
Cultura portuguesa. - Existem neste país duas sociedades portuguesas, ambas em Montevideu:

a) Sociedade de Beneficência União Portuguesa, com cerca de 350 membros; é uma associação de assistência;

b) Centro Social Português, com cerca de 400 membros; é uma assoei II cão de recreio.

Não há escolas de português no Uruguai, mas está criado um Instituto Luso-Uruguai, que, infelizmente, . não produz os resultados que seriam de esperar.
Marrocos Circunscrição consular de Rabar Encontram-se inscritos na secção consular e efectivamente residentes naquela área cerca de 1034 portugueses (332 homens, 383 mulheres e 31.9 crianças).

O nível económioo-social da colónia é relativamente baixo. As dificuldades materiais que se 1 lie deparam ultimamente derivam principalmente da crise da indústria de construção civil e nas limitações que as autoridades marroquinas estão impondo ao emprego da mão-de-obra estrangeira, fenómeno que se verifica em todo o Marrocos.

Circunscrição do Consulado-Geral em Tânger

A colónia portuguesa estabelecida na área daquele posto consular é composta por 805 pessoas (277 homens, 273 mulheres e 255 crianças).