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860 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 215

África Ocidental Francesa

Colónia portuguesa. - 25 000 a 30 000 pessoas, sendo a maioria originária de Cabo Verde.

Esta colónia reside quase exclusivamente em Dacar e nos arredores, salvo alguns pequenos núcleos espalhados nas outras cidades da Federação, como Alidjan, Conakry, etc.

Profissões. - Pintores de imóveis, carpinteiros, marceneiros, pedreiros, sapateiros, vidraceiros, etc. Há também alguns comerciantes.

Cultura, portuguesa. - Não existem escolas portuguesas nem centros de cultura onde haja ensino do português.
Observações. -Salvo raras excepções, o nível social e económico é o mesmo que o do africano originário.
África Oriental Britânica
1) População originária do Estado da índia:
a) No Quénia: cerca de 9000 (há também cerca de 3000 .groses súbditos britânicos, por nascimento e por naturalização). Desta população, grande parte é composta por funcionários públicos e dos caminhos de ferro e empregados de escritório. Cerca de 1000 são alfaiates;
&) No Uganda: cerca de 4000 (há poucos súbditos britânicos). A composição é semelhante à do Quénia, mas em nível profissional e económico mais alto;
c) N) Tanganhica: cerca de 5500 (e cerca de 500 goeses súbditos britânicos);
d) Zanzibar: cerca de 600 (há cerca de 200 naturalizados britânicos, todos de entre a população nascida na ilha). A composição profissional e económica da colónia portuguesa é semelhante à dos outros territórios.
2) População originária da província de Moçambique (tribos manconde e maconde e macua):

a)Em Tanganhica, cerca de 6000;
b)Em Zanzibar, cerca de 2500;
c)Na costa do Quénia, algumas dezenas.

Esta população, na quase totalidade emigrada clandestinamente de - Moçambique, emprega-se
em plantações de sisal e em outras, nos portos, no;; hotéis e em diversas actividades nas cidades.
3) População originária de Portugal metropolitano: Em todos os territórios: seis pessoas.
Cultura portuguesa. - Não há escolas que ensinem a língua portuguesa na África Oriental Britânica. Quando ocasionalmente consegue um número razoável de estudantes inscritos, a Casa de Portugal em Nairobi ensina o português. Há também, em número pequeno, quem esta de a nossa língua por lições particulares.
Singapura
Não é numerosa a colónia portuguesa de Singapura, a qual é constituída, na sua quase totalidade, por goeses. A. maioria dos portugueses residentes em Singapura possuem ainda passaportes portugueses. Por essa razão, o português é ainda muito falado entre a nossa comunidade. Apesar de nas gerações mais modernas se ir perdendo o uso da língua portuguesa, em grande parte devido à instrução adquirida nas escolas
inglesas, ouve-se a cada passo o emprego de expressões portuguesas, embora isoladas e muitas vezes já fora do seu exacto sentido.
Não se poderá indicar exactamente o número de portugueses ou descendentes de portugueses residentes na Federação da Malásia e em Singapura, mas o seu número é, decerto, superior a 10 000.

Em Malaca, a parte da comunidade portuguesa eurasiana mais pobre vive num bairro, que em 1933 o Governo Inglês resolveu construir, destinado exclusivamente à população d ascendente de portugueses. Chama-se o Portuguese Settlement e essa gente vive quase exclusivamente da pesca. O bairro tem um aspecto humilde, embora as casas ofereçam certo conforto, com pequenos quintais e todos os requisitos de higiene. Tem uma escola, uma capela e um o regedor». Vivem de maneira simples, conservando ainda muitos costumes portugueses. Demonstram grande dedicação e amizade a Portugal, que consideram o seu verdadeiro país. Entre eles, e sobretudo os mais idosos, Continuam a falar o portugues, embora arcaico, e, mesmo assim, já um tanto adulterado. As ruas do< bairro têm nomes portugueses. Embora se reconheça e seja inegável o. valor desta obra, sob o ponto de vista social e de assistência pública, apresenta o inconveniente a quem visita Malaca e reconhece o assunto, que o que resta da população de ascendência portuguesa são algumas centenas de pessoas em precárias condições económicas.
Não existem organizações de carácter cultural, social e de beneficência pertencentes à comunidade portuguesa em Singapura ou Federação da Malásia.
Em Malaca, porém, f armou-se, há cerca, de cinco anos, o Grupo Folclórico Português, que interpreta, com certo rigor, canções e danças portuguesas e goza de grande popularidade em toda a Malaia, revelando-se um excelente elemento de propaganda para o nosso país, devido às suas actuações na Rádio Malaia.
O Grupo Folclórico Português recebe, actualmente,, um subsídio atribuído pelo Governo Português, e julga o Consulado de Portugal que haveria toda a vantagem em continuar a estimulá-lo e auxiliá-lo. A sua criação e orientação deve-se, em grande parte, ao padre Manuel Pintado, da Missão Portuguesa de Malaca.
Em Singapura formou-se a Classe de Português, que funciona numa das dependências da Missão Portuguesa de Singapura, havendo duas lições por semana, uma para os mais adiantados e outra para os principiantes, .sendo frequentada por alunos goeses ou eurasianos ide ascendência portuguesa. E esta a primeira iniciativa no género na colónia portuguesa de Singapura, resultado do desejo manifestado por um grupo de eurasianos luso-descendentes e de alguns goeses de aprenderem o português. Os professores são luso-descendentes que fizeram os seus estudos em Macau,, ambos- naturais da Malaia: os Srs. Estanislau de Sousa e George Lopes, este funcionário do Consulado. As lições são gratuitas. Alguns livros ali utilizados foram cedidos pelo Instituto Português de Hong-Kong e outros, assim como alguim material de ensino, já adquirido com o subsídio que do Governo Português recebera no ano passado. E parecer do Consulado, de Portugal que o Governo Português continue a auxiliar a Classe de Português de Singapura.
Paquistão Comunidade goesa
Na secção consular da Embaixada de Portugal em Karachi encontram-se registados perto de 10 000 portugueses.