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27 DE ABRIL DE 1961 859

Existiam ainda naquela cidade cerca de 20 cidadãos portugueses que não estão inscritos no Consulado.

A maioria da colónia tem condições de vida modestas. Existe, porém, um certo número de comerciantes e industriais em situação economicamente desafogada.
Circunscrição do Consulado em Casa Branca.

Estão inscritos no Consulado 7238 portugueses, mas efectivamente estão estabelecidos naquela área só cerca de 4000 (1500 famílias).

Exceptuando um número limitado de comerciantes e industriais, o nível económico-social daquela colónia é baixo, pois os seus elementos são na sua maioria empregados modestos.

Circunscrição do Viee-Consulado Branca

Encontram-se inscritos na chancelaria consular 769 portugueses (279 homens, 220 mulheres e 270 menores). Existem ainda naquela área 150 a 200 portugueses não inscritos (50 a 60 homens -todos marítimos-, outras tantas mulheres e o resto crianças).

Instalaram-se em Safi alguns industriais e armadores, que gozam de boa situação económica. A grande maioria da colónia portuguesa é pobre e luta com grande dificuldade.

Escolas portuguesas em Marrocos. - Em matéria de escolas portuguesas ou ministrando o ensino do português, só existe em Marrocos a Escola Portuguesa de Casa Branca, fundada pelo Instituto de Alta Cultura em 1939. Concede aos seus alunos diplomas oficiais do ensino primário.

Dispõe de duas salas de aula. para unia frequência média de 50 alunos, mas a lotação tem. sido excedida. Funcionam os seguintes cursos:

Diurno - para crianças de ambos os sexos em idade escolar. O programa deste curso é o programa oficial das escolas de Portugal, mais o de língua francesa, para o que dispõe de uma professora desta nacionalidade.

Nocturno - para adultos portugueses, e um curso de língua portuguesa para estrangeiros.

Houve há anos uma escola portuguesa em Rabat, que veio a ser extinta.
A existência de um único estabelecimento escolar português. em Marrocos é manifestamente insuficiente.

Circunscrição do Vice-Consulado em Mequinez

A colónia portuguesa estabelecida na área daquele posto consular é composta por 328 pessoas (107 homens, 87 mulheres e 134 crianças). Grande número são operários da construção civil, que sofrem as consequências da crise que essa indústria atravessa presentemente em Marrocos.

Abstraindo cerca de seis portugueses que gozam de uma situação material próspera - construtores civis, proprietários, industriais -, o resto desta colónia desfruta de uma situação económica média.

Cultura portuguesa. - Não existe em Meqiiiiiez qualquer estabelecimento escolar ministrando o ensino do português.

Fernando Pó

549 portugueses, dos quais 23 são do sexo masculino. Do número citado, 206 trabalham por conta própria e 17 por conta alheia.

União da África do Sul
Colónia, portuguesa.-- 9623 portugueses registados nos consulados, avaliando-se o número dos não registados em cerca de 1600, calculando-se que a comunidade portuguesa residente na África do Sul seja constituída, aproximadamente, por 11 200 indivíduos.

Profissões e nível social. - O nível social da colónia portuguesa, como se pode depreender das profissões, é relativamente modesto. Trabalhadora, honesta e apreciada, tanto pelas autoridades como pela população em geral, é, porém, de natureza humilde.
O nível económico pode considerar-se elevado relativamente aos comerciantes e agricultores e desafogado em relação a todos os outros, cujas actividades são considerável mente bem remuneradas.
Não existem na África do Sul escolas portuguesas propriamente ditas, mas na Universidade de Witwatersrand existe o Instituto de Estudos Portugueses Ernest Oppenheimer, onde se ensina a língua, história e cultura portuguesas.

Neste Instituto trabalham presentemente um leitor e um professor universitário portugueses, bem como um investigador sul-africano. Na Associação da Colónia Portuguesa, com sede em Joanesburgo, funcionam cur-. sós de instrução primária, para crianças portuguesas, e de língua portuguesa, para estrangeiros.
Congo Belga e Ruanda-Urund

Portugueses europeus. - Segundo o recenseamento populacional de 3 de Janeiro de 1958, a colónia portuguesa europeia estabelecida no Congo Belga compreende 4876 pessoas, às quais há que acrescentar 56 residentes no Ruanda-Úrundi.

O nível social e cultura da colónia é baixo, sendo muito inferior ao nível económico. A colónia (sobretudo a parte que .habita Léopoldville) não revela um grande sentido de organização comunitária, mas mantém em geral vivo o sentimento nacional, embora se note, entre as crianças nascidas aqui, a tendência para se deixarem absorver pelo meio ambiente. Como associações portuguesas, são de assinalar: em Léopoldville, a Casa dos Portugueses (que, por vários motivos, se tem revelado incapaz de realizar os objectivos mínimos que se propõe) ; em Luluabourg, a Amicale dês Portugais du Kasai; eni Stanleyville, o Clube Português; em Elisa-beth ville, a Casa dos Portugueses (em formação); em Roma, a Amical dos Portugueses de Roma (em formação, estando previsto que englobará uma escola portuguesa). O ensino da língua portuguesa é ministrado apenas numa escola particular em Léopoldville, que prepara os alunos para a instrução primária e admissão aos liceus (os exames têm sido feitos em Luanda).
As tentativas anteriores de criação de uma escola primária e secundária fracassaram devido a razões de ordem económica. Com efeito, o ensino local, fortemente subsidiado pelo Estado, é ministrado em condições excepcionais de conforto e a um custo ínfimo.

Portugueses africanos. - Segundo os inquéritos demográficos realizados em 1957, a colónia portuguesa africana estabelecida no Congo Belga eleva-se a 84 781 pessoas, das quais 63 237 habitam Léopoldville e as restantes 21 544 habitam o Baixo Congo. A maioria é originária do Congo Português (zonas de Maquela do Zombo e S. Salvador) e de Cabinda, havendo também uma pequena percentagem originária de Luanda e Malanje. A colónia portuguesa africana conseguiu adquirir aqui uma posição quê não é inferior à dos Congoleses.

Na sua maioria, e com excepção de um pequeno sector, os africanos portugueses conservam-se ligados a Angola e à nacionalidade portuguesa e têm conservado, até hoje, pelo menos, um bom espírito. Infelizmente, e sem- que eles sejam culpados disso, muitos daqueles que vieram para o Congo Belga crianças ou aqui nasceram não falam o português.