O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1662-(116) DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 88

Conforme revelam as percentagens apresentadas, a aplicação prioritária dos capitais nos vários tipos de investimento é a mesma no período de vigência dos dois planos, destinando-se maior parcela aos investimentos económicos e menor aos sociais. Nota-se, contudo, uma diferença significativa entre as duas estruturas; enquanto a percentagem atribuída, de 1953 a 1958, aos investimentos sociais foi de 31,3 por cento, no período seguinte foi de 28,2 por cento. Esta redução deu-se exclusivamente em benefício do sector económico, uma vez que a percentagem destinada aos investimentos económico-sociais foi praticamente a mesma (cerca de 33 por cento).
Conclui-se daqui que a orientação seguida na vigência do II Plano foi no sentido de formar o capital fixo nos sectores mais reprodutivos a curto prazo, a fim de obter

1 A relação capital-produto obtido no período de 1953-1964 foi de 2,3 para os investimentos económicos, de 4,1 para os investimentos económico-sociais e de 5,6 para os investimentos sociais.

o máximo produto e elevar a taxa de crescimento económico, objectivo que efectivamente foi conseguido, conforme se salientou anteriormente.

7. Analisando, agora, o montante de investimentos segundo a entidade que os realiza -privada ou pública-, verifica-se ser a maior parte dos capitais investida pelas empresas privadas, muito embora tenha vindo a registar-se diminuição na sua importância relativa; em 1953-1954 os investimentos privados representavam 82,2 por cento do total, em 1958-1959 essa percentagem desceu para 80,5 por cento e em 1963-1964 para 76,3 por cento (quadro XX, cols. 3, 7 e 11). Isto deve-se ao facto de a taxa de crescimento médio anual dos investimentos privados, entre 1953-1954 e 1963-1964, ter sido, em média, mais baixa (7,2 por cento) do que a dos investimentos públicos (11,1 por cento) (quadro XIX, cols. 13 e 14).