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DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 141 2554

José Manuel da Costa.
José de Mira Nunes Mexia.
José Pinheiro da Silva.
José dos Santos Bessa.
José Soares da Fonseca.
José Vicente de Abreu.
Júlio Dias das Neves.
Luciano Machado Soares.
Luís Arriaga de Sá Linhares.
Luís Folhadela Carneiro de Oliveira.
Manuel Colares Pereira.
Manuel João Correia.
Manuel João Cutileiro Ferreira.
Manuel Marques Teixeira.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
D. Maria de Lourdes Filomena Figueiredo de Albuquerque.
Mário de Figueiredo.
Martinho Cândido Vaz Pires.
Miguel Augusto Pinto de Meneses.
Paulo Cancella de Abreu.
Raul da Silva e Cunha Araújo.
Sebastião Garcia Ramirez.
Sérgio Lecerele Sirvoicar.
Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.
Teófilo Lopes Frazão.
Tito de Castelo Branco Arantes.
Tito Lívio Maria Feijóo.
Virgílio David Pereira e Cruz.

O Sr. Presidente:- Estão presente 67 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 20 minutos.

Antes da ordem do dia

Deu-se conta do seguinte

Expediente

• Telegramas apoiando a intervenção do Sr. Deputado Elmano Alves.

Telegramas de aplauso às palavras do Sr. Deputado Pais Ribeiro. "

Ofício da Federação dos Vinicultores da Região do Douro agradecendo a intervenção do Sr. Deputado Cunha Araújo na sessão de 15 de Janeiro de 1968.

O Sr. Presidente: - Para efeito do disposto no § 3.º do artigo 109.° da Constituição, está na Mesa o Diário do Governo n.° 44, 1.ª série, de 21 do corrente, que insere o Decreto-Lei n.° 48 247, que cria, a título temporário, o 3.° Tribunal Militar Territorial, com sede em Lisboa.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado André Navarro.

O Sr. André Navarro: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: As palavras que passo a pronunciar são a sequência das ditas em outras intervenções nesta Assembleia política sobre as maquiavélicas campanhas que nos movem as forças do mal, pretendendo estas atingir os fundamentos da nossa retaguarda. Assim, a minha única intenção ó pôr de sobreaviso VV. Ex.ª sobre a estratégia e as tácticas de tão perigosos inimigos.

A experiência do passado, pela confirmação do que aqui ficou dito, leva-me a não desistir desta atitude de defesa do sagrado património que herdámos.

Para evitar incómodos aos inimigos de sempre, apenas lhes direi desta tribuna, com lealdade, que não valerá a pena insistir nos seus insultos -e isto em referência não só aos menos responsáveis, os que executam, mas acima de tudo aos que mandam, escondendo-se no anonimato -, pois as suas reacções apenas me levam, por confirmação do benefício da atitude que tomei, a continuar cada vez com mais energia na defesa dos superiores interesses da Nação. Eis tudo.

E, assim, continuemos.

Está passando o Mundo, no momento histórico que decorre, por profundas convulsões políticas, económicas e sociais que atingem, em maior ou menor grau, o âmago de todas as civilizações, digo, de todos os estádios da existência humana no espaço total da sua vivência. Digamos melhor: estamos hoje entrando talvez já na antecâmara da nova era que se avizinha. E esta, de feição supermaterialista, 'pela nova escala de valores do espaço e do tempo, que constituirão os seus meridianos, atingirá os lugares mais recônditos do nosso planeta.

O robot humano cibernético-ordenador, não só informativo, mas dotado também de raciocínio, dominará então, quem sabe, até o fruto admirável da criação Divina, e então assistirá o Mundo, certamente, ao fim de todos os fins. E hoje sopram, infelizmente já todos as sentimos, as brisas talvez anunciadoras desse dramático dia.

São, porém, segundo uns, apenas os ventos cíclicos da história que estão a actuar com intensidade crescente sobre o que resta de um próximo passado e ainda o que se levanta contra a força que deles emana. Segundo outros, o de que nos vamos apercebendo é tão-sòmente o natural rodar dos tempos, de um processo evolutivo subordinado a leis que muito ultrapassam as possibilidades do conhecimento humano.

Estas, entre várias, as teorias que o homem de hoje pretende erigir para explicação da complexa fenomenologia que a cada momento depara no ambiente em que vive.

Vejamos então - apenas como interessado observador político - o que nos parece dizerem os decantados ventos da história e as inúmeras vagas que têm levantado e vão levantando no mare magnum da vida quotidiana.

A história, sendo, ou, melhor, devendo ser, mestra da vida, é, porém, especialmente quando as perspectivas são vistas de muito perto, facilmente deformável nas interpretações julgadas lógicas. E, assim, vá de dar a tais ventos as direcções e sentidos mais díspares, e isto, muitas vezes, apenas conforme conveniências imediatas, ou a curto prazo, de grupos ou partidos.

Não nos devemos admirar, pois, que se tenham cometido através dos tempos erros graves de interpretação, de consequências imprevistas no destino de nações e até de grandes impérios. E temos hoje perante nós um caso de uma catástrofe desta natureza. Foi assim, por exemplo, que a Grã-Bretanha imperial, soprada, de resto como todo o mundo, pela borrasca da descolonização que assola o planeta, foi arrastada, por grave erro político de previsão, a aceitar como inevitáveis os efeitos desses ventos.

Em pouco mais de um quartel assistiu-se então ao liquidar de um empório comercial imenso erigido por um sábio israelita. Na realidade, em menos de meio século trabalhistas e conservadores, de mãos dadas, foram operosos coveiros desta magnífica realização do grande mi-