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29 DE NOVEMBRO DE 1971 2826-(13)

1971, ao passo que a responsabilidade em moedas estrangeiras e em conta de escudos a favor de residentes no estrangeiro apenas aumentava de 5892 milhões em Dezembro de 1969 para 6047 milhões de escudos em igual data do ano passado e 6190 milhões em Junho último. E naquelas disponibilidades mantinha-se a predominância das reservas de ouro e das disponibilidades à vista e a muito curto prazo em moedas estrangeiras convertíveis.

19. Justifica-se, ainda, uma referência à evolução, durante o corrente ano, dos câmbios estabelecidos pelo Banco de Portugal sobre diversas praças estrangeiras.

Reflectindo as circunstâncias da crise monetária que em precedente capítulo se analisou e, consequentemente, as flutuações das cotações das principais moedas estrangeiras nos grandes mercados internacionais, os câmbios médios de venda fixados pelo Banco foram oscilando, sobretudo a partir de Maio último. E da observação do quadro VIII, conclui-se que, entre Dezembro de 1970 e Outubro de 1971, se elevavam principalmente os câmbios médios de venda do florim, do franco belga, do marco da Alemanha Ocidental, do franco suíço e do xelim austríaco, ao passo que diminuíam, sobretudo, os câmbios do dólar dos Estados Unidos, da coroa dinamarquesa, da coroa sueca, do franco francês (para operações comerciais), da lira e do marco finlandês. Quer dizer, assim, que o escudo se «desvalorizava» relativamente às primeiras moedas citadas e se «valorizava» em termos das outras.

Certo é que não se alterou a paridade do escudo, acordada com o F. M. I. aquando da sua acessão ao respectivo Acordo, mas, na sequência dos condicionalismos criados pela aludida crise do sistema monetário internacional, o Banco de Portugal ficou habilitado a adoptar margens de câmbios mais largas do que anteriormente, a fixar — consoante se refere no relatório da proposta de lei de meios — «de harmonia com a evolução dos mercados, quer no nosso país, quer nos países com os quais mantemos mais intensas relações comerciais».

QUADRO VIII

Câmbios médios de venda de Lisboa sobre as principais praças estrangeiras

[Ver quadro na imagem]

1969

1970

Outubro

1970

1971

Londres — £ 1

Amsterdão — FL 100

Bruxelas — FB 100

Copenliaga — KRD100

Estocolmo — KRS 100

Francotorte (República Federal) — DM 100

Genebra — FS 100

Oslo — KRN 100

Paris — FF 100

Paris — F. Fin.os 100

Roma — LIT 100

Viena — SCH 100

Helsínquia — MF 100

Nova Iorque — $1

Berlim (zona oriental soviética) (a) — DM1

Budapeste (a) — FOR 100

Praga (a) — KCS 100

(a) Clearing.

Origem: Câmbios estabelecidos pelo Banco de Portugal.

5 — A balança de pagamentos interterritoriais da metrópole

20. Conclui-se, dos elementos do quadro IX, que a balança de pagamentos da metrópole com as províncias ultramarinas (determinada com base nas estatísticas de liquidações efectivas) registava um novo excedente global no ano findo, se bem que muito menor do que o obtido um ano antes, para o que terão concorrido, em apreciável medida, as condições criadas pelos desequilíbrios de pagamentos externos das províncias de Angola e Moçambique.

Essa contracção do saldo positivo final proveio, sobretudo, da quebra do excedente na balança de invisíveis correntes (um pouco mais de 1170 milhões de escudos), posto que o superavit da balança comercial houvesse diminuído de 565 milhões, fundamentalmente por efeito do acréscimo dos pagamentos de importações. Quanto ao aludido comportamento da balança de invisíveis correntes, o principal factor foi constituído pela acentuada expansão do deficit da rubrica «Estado».

QUADRO IX

Balança de pagamentos da metrópole com o ultramar

[Ver quadro na imagem]

Rubricas

Em milhões de escudos

1968

1969

1970

Débito

Crédito

Saldo

Transacções correntes

Mercadorias

Invisíveis correntes

Turismo