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ferida Situação de quase pleno emprego é v1sivel atra-~es da já clara insuficiência da oferta de trabalho em alguns sectores. com destaque para o sector da cons-trução . e em várias regiões do Pais.

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Estas situações de tensão sobre os mercados não po-deriam deixar de se traduzir numa resistência à desin-flação, obrigando a manter uma depreciação consistente do escudo num período em que se pode detectar aJ. gum reacender da inflação de origem externa. Por isso, a manutenção de condições saudáveis de crescimento e o prosseguimento da queda da tua de inflação exi-gem a moderação do crescimento da procura interna - com especial relevo para o consumo -. a par do aparecimento pleno dos efeitos do esforço de investi-mento sobre a oferta interna. O que coloca, no futuro imediato, particular exig~ncia na condução das politi-cas monetárias e orçamental, apoiadas por uma poli-tica de rendimentos claramente desinflacionista.

3 - A politica orçamental tem vindo a enquadrar--se, nos últimos três anos, nas grandes orientações da política económica. O crescimento económico em con· dições não inflacionistas e assente em grande medida no investimento privado requer um declinio acentuado da absorção global de recursos pelo sector público. E nos últimos três anos a política orçamental conseguiu conciliar um forte crescimento das despesas de capital do sector público - impulsionadas também pela dis-ponibilização de fundos comunitários - com uma grande redução das necessidades de financiamento que representam boje cerca de 10'7• do PIB (incluindo o sector das empresas públicas), ou seja, praticamente metade do que se verificava em 1985. E este proifesso é ainda mais notório se atendermos a que aquela re-

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dução foi acompanhada de uma modificação substan-Cial do modo de financiamento do Estado (conforme detalharemos no n. 0 1.3), que se traduziu numa forte elevação do custo relauvo da divida púbüca. Ao mesmo tempo procedeu-se à regularização de dívidas de 'anas entidades do sector público, incorporando-as na div1da pública convenc1onal. O que se traduziu numa impor-tante clarificação das contas públicas, mas também num crescimento do stock da dívida pública muito su-perior ao que seria JUStificado pelos défices anuais. A dívida existia; não estava , porém, regularizada ou for-malmente assumida. Trata-se, verdadeiramente, de um «peso do passado», que vem sendo, passo a passo, re-solvido a bem da racionalidade económica e do bom nome do Estado e das instituições públicas .

Para 1989 acentuam-se os desafios que têm vindo a colocar-se à política orçamental nos anos recentes. A par da necessidade de prosseguir um esforço importante no dominio das despesas de capital - por forma a as-segurar a contrapartida nacional dos fundos comunitários - e da prioridade atribuída à educação e à formação profissional, surge a prem~ncia da não interrupção da trajectória descendente dos défices or-çamentais. Conflito que é amplificado pelo facto de nlo se prever uma reduçlo du tuas de juro reais da dívida pública, decorrente da opçlo por formas de fi. nanciamento dos défices mais saudáveis e em condições ainda mais determinadas pelo mercado.

4 - Os objectivos da politica macroeconómica para 1989 traduzem-se quantitativamente nos indicadores do quadro seguinte. Deles ressalta a desaceleraçlo de 1.15 pontos na procura interna que, todavia, continuará a crescer a uma taxa elevada (4, 75 'lt) . Aquela desacele-ração deverá resultar dos comportamentos do investi· mento e do consumo, esperando-se uma significativa moderação do crescimento deste último. Moderação que não impede que o crescimento previsto seja supe-rior à média do período 1974-1985.

Principal• varlhela macroeconómlc .. 18U-18N

(Variaç6es ....._.. n11 pcrceollacel

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Consumo total. ...... . . . ............. . Investimento . ..... . ..... . ............ .

Procura in1ema .. . ................. .. . 6

Exportações ..............•. . ......... 6

Procura Jlobal . . .. .. .. . .. . . .. . . .. .. . . 6 Yt

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PIB .. ... . .. . . . . ... . ................. . ' Proços no consumo privado ...... • ..... 8 Yo

Termos de troca . .............. . ..... . o

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Espera-se ainda que a contribuição negativa do sec-tor externo se atenue. O crescimento projectado das ex-portações terá de considerar-se dentro dos limites da