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6 DE FEVEREIRO DE 1999 1667

Pergunto directamente ao Sr Secretário de Estado quais as razões que fundamentam este facto - porque têm de existir, já que não acredito que as pessoas façam isto só porque se lembraram - e se há alguma possibilidade de se recuar, emendando a mão e, assim, contrariando este espirito negativo perante a população do oeste

Aplausos do PSD

O Sr Presidente (Mota Amaral) - Para responder, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado dos Transportes.

O Sr. Secretário de Estado dos Transportes: - Sr. Presidente, Sr. Deputado Duarte Pacheco, indo directamente à primeira questão, relativa aos investimentos e aos estudos, penso que mesmo o Sr Deputado reconhece que durante muitos anos não se fez nada nesta linha e que agora se está a fazer alguma coisa

O Sr Joel Hasse Ferreira (PS): - Muito bem!

O Sr Luís Marques Guedes (PSD) - Estão a fechá-la!

O Orador: - Não, não estamos a fechá-la Já lá vamos, Sr. Deputado.
De facto, neste momento, já existem alguns projectos e posso dizer-lhe que o investimento feito nesta linha nos últimos quatro anos foi de cerca de 6 milhões de contos, estando previstos l 5 milhões de contos para despesas de manutenção em 1999 e cerca de 1 milhão de contos para electrificação, renovação e duplicação do troço entre Cacem e Melecas Portanto, está a ser feita alguma coisa.
No que diz respeito ao encerramento das estações, posso dizer lhe que ele não existe O que existe é uma grande confusão!
O que se passa e que a CP deixou de vender bilhetes em 10 estações, mantendo-se todo o serviço.

O Sr. Moreira da Silva (PSD): - O Sr. Secretário de Estado não anda de comboio!

O Orador: - Oiça, Sr. Deputado: Mantém-se intacto todo o serviço de transporte que as populações tinham Simplesmente a CP deixou de vender bilhetes, passando essa venda a fazer se em trânsito, o que quer dizer que a pessoa não e prejudicada em nada, porque compra o bilhete em trânsito

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): - O Sr. Secretário de Estado.

O Orador: - Deixe me acabar, Sr. Deputado: Por outro lado, o que a CP esta a fazer é a tentar que outros agentes económicos e outros centros passem a fazer a venda de bilhetes e de passes, nomeadamente as estações de correios e outros comerciantes Não vejo em que e que isto possa de alguma forma, ser prejudicial, porque em primeiro lugar, não prejudica os passageiros e em segundo lugar, e uma medida de racionalização que se justifica na medida em que ela é tomada segundo critérios que são perfeitamente transparentes, face ao numero de passageiros que cada estação tem.
De qualquer modo, Sr Deputado, na segunda parte da minha intervenção responder-lhe-ei melhor a esta questão Contudo, o que lhe digo é que não há qualquer desclassificação de estações Há, simplesmente, por medidas de racionalização que são justificadas e que entendemos que não causam qualquer prejuízo ao passageiro, o fim da venda de bilhetes, procurando alternativas.

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Para pedir esclarecimentos adicionais, tem a palavra o Sr Deputado Duarte Pacheco.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): - Sr Presidente, Srs Deputados, Sr Secretário de Estado, V. Ex.ª disse que o investimento, no passado, não teria sido tão evidente como se desejaria, mas que alguma coisa está a ser feita e afirmou mesmo que era impossível avançar sem que houvesse alguma preparação e alguns estudos Se é assim, tudo aquilo que foi dito, nomeadamente pelos candidatos do Partido Socialista, há quatro anos atrás, em campanha eleitoral, era mera demagogia, porque, ouvindo as suas palavras, parecia que, de imediato, tudo podia ser transformado, tudo podia ser feito Infelizmente, vem dizer-nos que aquelas promessas não deviam ter sido feitas daquela maneira, aquilo foi demagogia, pura e simples, para ganhar eleições e nada mais.

O Sr. Fernando Pedro Moutinho (PSD): - Bem lembrado!

O Orador: - Em segundo lugar, aquilo que o Sr. Secretário de Estado veio dizer-nos, comparado com algum betão, foi «estivemos a humanizar as estações, não se encerrou, humanizou-se, porque os passageiros deixam de poder comprar de imediato os seus passes nas estações mas há sempre maneiras, até mais suaves, se calhar, mais simpáticas, de eles poderem adquirir os bilhetes».
A pergunta de imediato é esta Sr Deputado, se vai haver locais alternativos onde as pessoas possam dirigir-se para comprar os seus títulos, por que é que não se aguardou, primeiro, pela conclusão desses acordos, pelo entendimento com outros parceiros sociais, para, depois, então, pôr estas medidas em prática, em vez de se avançar de imediato, indo-se a posteriori à procura de soluções, penalizando-se, pelo meio, as populações?

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Estão inscritos, para formular perguntas ao Sr. Secretário de Estado, os Srs Deputados Gonçalo Ribeiro da Costa e Casimiro Ramos.
Tem a palavra utilizando para o efeito um minuto, o Sr. Deputado Gonçalo Ribeiro da Costa.

O Sr Gonçalo Ribeiro da Costa (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado, o que quero dizer é que quem devia estar aqui a fazer perguntas ao Governo era o Sr Deputado Henrique Neto, porque foi ele quem, durante a campanha eleitoral, andou a passear-se no comboio do Oeste, prometendo que a linha seria modernizada em poucos anos.

A Sr.ª Maria José Nogueira Pinto (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Por isso, a pergunta deveria ter sido dirigida, em primeira instância, não pela oposição mas por quem andou a prometer aquilo que deveria estar feito e ainda não está