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2009 | I Série - Número 035 | 08 de Janeiro de 2004

 

Vozes do CDS-PP e do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Não dá para compreender.
Dizem VV. Ex.as que o argumento é estafado. Mas o argumento não é só meu, Sr. Deputado António Costa, o argumento, ainda que estafado, não é só meu. Mas a questão não é a de saber se o argumento é estafado mas a de saber se é verdadeiro ou falso, se os senhores gastaram ou não demais. Esse é que é o problema!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - Pois é!

O Orador: - E aquilo que o senhor refere, que é o relatório do Governador do Banco de Portugal é, nesse ponto, claríssimo. É verdade, como o senhor diz, que estamos a crescer menos do que aquilo que desejaríamos. É verdade!

Vozes do PS: - Ah!

O Orador: - Mas atenção! O Governador do Banco de Portugal também diz porquê,…

O Sr. José Sócrates (PS): - Quatro anos de divergência!

O Orador: - … exactamente no mesmo parágrafo.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Não leram!

O Orador: - O que diz o Governador do Banco de Portugal, nesse mesmo parágrafo? Diz o seguinte: "Após um período de excessos de aumento de despesa…" - foi o vosso! -,…

Protestos do PS.

… "… era inevitável um ajustamento que sempre daria origem a uma desaceleração de crescimento."

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Está explicado! A responsabilidade é vossa! Isso é claríssimo, não há dúvida nenhuma!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Por outro lado, V. Ex.ª vê só más notícias. Eu li o mesmo relatório - e espero que o senhor o tenha lido - e não vejo só más notícias. Quer ouvir boas notícias? O que nós dizemos é que gastar muito mesmo crescendo a despesa pública e o consumo público não é o modelo correcto. Qual é o modelo correcto? Investimento privado e exportações.
Quer boas notícias? Vamos ao relatório e falemos, por exemplo, de investimento privado: "O investimento privado deverá ter já uma evolução ligeiramente positiva este ano e uma recuperação mais relevante no próximo."

O Sr. António Costa (PS): - Aonde?!

O Orador: - Isso não é claro?
Quer falar de exportações? Diz o relatório o seguinte: "Admite-se (…) que a procura externa tenha uma recuperação significativa, permitindo que as nossas exportações de bens e serviços passem de um crescimento de 3% no ano passado para 4,75 a 6,75% em 2004 e para 6 a 9% em 2005."

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Eh!

O Orador: - Quer mais notícias positivas? Antecipa-se que, ao contrário do que aconteceu em 2003, o rendimento disponível das famílias volte a ter crescimento positivo em 2004.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - Exactamente!