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2004 | I Série - Número 035 | 08 de Janeiro de 2004

 

Aplausos do PS.

A revisão pelo Eurostat do índice de paridade do poder de compra demonstra a falsidade da campanha do PSD antes das eleições e o erro de análise feita pelo actual Governo no último debate orçamental. Ao contrário do que disseram, em 1997, em 1998, em 1999, em 2000 e em 2001 Portugal cresceu mais do que a média europeia, Portugal convergiu com a média europeia.

Aplausos do PS.

De 1995 a 2001, Portugal cresceu de 66% para 71% da média europeia. Connosco Portugal convergiu; convosco, Portugal diverge.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Muito bem!

O Orador: - A má notícia é precisamente essa, e deu-a ontem o Sr. Governador do Banco de Portugal.
Cada ano da presente legislatura será um ano de divergência com a União Europeia. Desde 2002 e até 2005, ano após ano, Portugal vai divergir da União Europeia. Em vez de nos aproximarmos, afastamo-nos; em vez de estarmos mais ricos, estaremos mais pobres. Esta Legislatura já tem um nome: a Legislatura da divergência com a média europeia.

Aplausos do PS.

É conhecido o percurso e são conhecidas as consequências. O PIB começou a cair no terceiro trimestre de 2002 e trimestre após trimestre, por cinco trimestres consecutivos, tem vindo a cair. É um recorde europeu. Portugal é o único país da União Europeia com cinco trimestres consecutivos de crescimento negativo. Mas é também um recorde nacional. Para quem já não se recorde, importa lembrar que esta recessão é já a mais longa e mais profunda do que a de 1993.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Muito bem!

O Orador: - Este Governo do Dr. Durão Barroso já conseguiu fazer pior que o pior governo do Professor Cavaco Silva.

Aplausos do PS.

A evolução foi tão má que desacreditou todas as projecções do Governo. O Governo começou por prever um crescimento de 1,75 em 2003, acabou a prever que, em 2003, decrescemos 0,70. Mas, pior, obrigou entidades credíveis, como o Banco de Portugal, a sucessivas revisões em baixa das suas próprias previsões.
Começou o Banco de Portugal, com optimismo, em Junho de 2002, a prever que em 2003 Portugal cresceria 1,25. Disse, então, a maioria que o Banco de Portugal era pessimista. Como estava enganada a maioria!
Em Dezembro de 2002, o Banco de Portugal fez a primeira revisão em baixa, e já só previa o crescimento de 0,75.
Mas ainda teve de rever uma segunda vez em baixa, em Junho de 2003, agora para 0,50 de crescimento negativo.
Mas não foi, infelizmente, a última revisão em baixa. Ontem mesmo, o Sr. Governador procedeu à terceira revisão em baixa das previsões de crescimento em 2003, dizendo que afinal não crescemos 1,25, não crescemos 0,75, não decrescemos 0,50, decrescemos, segundo o Banco de Portugal, 1,13 durante o ano de 2003.
Não há optimismo que resista a tamanho descalabro da nossa economia!

Aplausos do PS.

Dir-me-ão que este percurso são números. Mas estes números têm consequências na vida das pessoas, e essas são as consequências da política desta maioria.
Desde Abril de 2002, o número de desempregados aumentou 36%; o número de jovens desempregados