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1289 | I Série - Número 020 | 07 de Dezembro de 2004

 

decididas e cumpridas antes do final do ano!
No meio dos debates da "central de intoxicação", houve medidas que tomámos e que ficam registadas: a lei das rendas, as SCUT, de que já falou o Sr. Ministro das Finanças, as medidas contidas neste Orçamento do Estado, o pacote da justiça, tantas medidas tomadas em quatro meses! Com o tempo, quando a poeira assentar, as pessoas irão dizer "ao fim e ao cabo, em quatro meses…". Não vou citar todos os ministérios, mas, em quatro meses… E as pessoas verão, porque iremos fazer o balanço na campanha.
Sr. Deputado José Sócrates, quero dizer-lhe o seguinte: guarde a expressão "o único culpado" que procurou dirigir a mim próprio. Sabe porquê? Porque, na noite das eleições, é a que vão usar consigo. Quando o senhor perder, dentro do seu próprio partido é a expressão que vão usar consigo e não vai ter mais ninguém ao seu lado.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do Deputado do PS José Magalhães.

Sr. Deputado José Magalhães, lembre-se disto que lhe digo, pois já passei por outras situações semelhantes. Em Lisboa, uma coligação PS-PCP concorreu à Câmara, mas só saiu o primeiro da lista, todos os outros continuaram lá como vereadores. Assim será! Na noite das eleições legislativas o Sr. Deputado José Sócrates assumirá as responsabilidades e as Sr.as e os Srs. Deputados cá estarão todos a fazer de conta de que nada tinham a ver com o que ele disse e com o que ele fez. É isso que se vai passar.

Risos e aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. José Magalhães (PS): - Veja lá se é ao contrário!

O Orador: - A ver vamos!
Sr. Deputado José Sócrates, "quem o avisa seu amigo é". Lembre-se do que eu lhe digo.

Risos e aplausos do PSD e do CDS-PP.

Termino, dizendo à maioria deste Parlamento que me honro do apoio que deu a este Governo e ao governo que nos antecedeu. O Primeiro-Ministro foi substituído, como seria qualquer outro primeiro-ministro de um outro país se tivesse conseguido aquilo que Durão Barroso conseguiu, que foi ser eleito Presidente da Comissão Europeia.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Estou aqui para assumir com honra o que ele fez, o que estou a fazer e o que fazemos, não rejeitamos ninguém. Não somos daqueles que falam só do que fizeram os que nos antecederam. Sabemos reconhecer - e essa é a tal falta de sentido de Estado que vos incomoda - aquilo que nos corre menos bem e até falar com humildade, em público, dos actos do nosso Governo ou da nossa maioria que tiveram menos resultados, mas há algo que não fazemos de certeza, que é só falar mal, só ver defeitos naqueles que nos vieram substituir no poder.
Como já disse, não vou ter ocasião de fazer esse teste, porque os senhores, infelizmente, não nos vão substituir. O povo português vai voltar a dar-nos a confiança nas próximas eleições legislativas.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Quero agradecer à maioria o apoio dado e dizer ao Sr. Presidente da Assembleia da República que a reacção havida nestes dias ao que se passou, independentemente de todo o respeito que é devido a todas as instituições, principalmente ao Chefe do Estado, é uma das páginas mais bonitas da história do Parlamento no pós-25 de Abril. Diz o povo, e bem, que "quem não se sente não é filho de boa gente".
E, se nos despirmos de todos os facciosismos, temos de reconhecer que, independentemente da posição que tenhamos sobre a decisão de fundo, as coisas não foram feitas como deve ser. Isto está no senso comum do povo. Com certeza que todos têm direito a falhar, mas há momentos em que não se deve falhar. Mas, mesmo que isso aconteça, é de manter o respeito e é de continuarmos em frente.
Sr. Presidente da Assembleia da República, as portuguesas e os portugueses reconhecem que V. Ex.ª desempenhou as suas funções com alto sentido de Estado, tal como outros que o antecederam, de outras