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1284 | I Série - Número 020 | 07 de Dezembro de 2004

 

seja julgada exactamente pelo período em que, por força dos desmandos socialistas, foi obrigada a pedir pesados sacrifícios aos portugueses.
Mas há, entre muitas outras, uma importante diferença que nos distingue dos socialistas. Os socialistas transformaram o País num pântano e fugiram. Fugiram, Srs. Deputados!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

Estava tudo bem, estava tudo no melhor dos mundos, mas fugiram, Srs. Deputados.

Protestos do PS.

Custa ouvir a verdade, Srs. Deputados! Custa ouvir a verdade!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Deram cabo das finanças públicas e da nossa economia e, antes de pagarem a factura, voltaram as costas às suas responsabilidades. "Abandonaram o barco"! Esqueceram-se dos portugueses!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Nós, ao invés, assumimos a factura de pôr em ordem as finanças públicas, restaurámos a credibilidade de Portugal na União Europeia e estamos a recuperar a economia.
Apesar das circunstâncias, não abandonamos as nossas responsabilidades e aqui estamos, responsavelmente, a aprovar o Orçamento do Estado para 2005, com a participação empenhada do Governo e do Primeiro-Ministro, demonstrando ao País a convicção que temos no rumo traçado e a disponibilidade que mantemos para continuar a cumprir o nosso projecto para Portugal.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Não fugimos, Srs. Deputados!
Se não continuamos as reformas, se não concluímos o nosso Programa, se não cumprimos integralmente os compromissos que assumimos para com os portugueses é porque não querem que o façamos!

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Sr.as e Srs. Deputados: Se o sistema parlamentar está esgotado e não funciona, assumamos, sem tabus, mas responsavelmente, a sua ruptura e as profundas reformas, incluindo as alterações constitucionais que se tornem necessárias.
Aos democratas, aos autênticos democratas, cabe a responsabilidade primeira de aperfeiçoar a democracia e de corrigir as perversões dos seus mecanismos que a desvirtuam.
De uma coisa VV. Ex.as podem também estar certos: não será pela nossa mão, não será com a conivência ou sequer com o silêncio da actual maioria que o poder político, sufragado pelo voto popular, cede a poderes fácticos, seja o dos lobbies económicos ou de corporações, seja o dos que se movem por sofisticadas formas de pressão mediática, corroendo os alicerces da democracia representativa.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Não vamos por aí! Não irão por aí com a nossa ajuda!
É com essa certeza que os portugueses nos podem julgar no próximo acto eleitoral.

Aplausos do PSD, de pé, e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro (Pedro Santana Lopes): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, Ex.mo público, portuguesas e portugueses: No encerramento do debate do Orçamento do Estado queria dizer, desde já, que a posição do Governo e da maioria é a de que este não é o