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70 | I Série - Número: 109 | 21 de Julho de 2007

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Essa parte já ouvimos!

O Orador: — Enquistados em trincheiras ideológicas, tantas vezes imaginárias, tentam vislumbrar a cada momento qualquer centelha de agitação apenas para federar descontentamentos e para obter pequenos ganhos de natureza partidária.

Aplausos do PS.

É uma oposição sem projectos nem ideias, é uma oposição sem futuro.
O que vemos nas bancadas do PSD e do CDS é a desorientação e a frustração. Vergados pelo peso do rotundo fracasso na governação do País, com a qual não atingiram nenhum dos objectivos a que se tinham proposto, estão também vergados à sina de falhar todas e cada uma das suas previsões.
Falharam a previsão da recessão que aí vinha e não veio! Falharam a previsão da derrapagem orçamental, que não aconteceu! E até a previsão quase infalível da necessidade de orçamentos rectificativos falhou! A oposição de direita procura hoje, unicamente, esconder a verdade de que só sabe existir para o poder e não sabe ser oposição.

Aplausos do PS.

Mas, Sr.as e Srs. Deputados, apesar disso, o País está a mudar e está a avançar.
Estamos, de facto, a equilibrar as contas públicas, sem orçamentos rectificativos, sem receitas extraordinárias, sem comprometer o futuro do País, como outros fizeram, não há muito tempo.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Orador: — Estamos a sair da prolongada estagnação económica dos últimos cinco anos, crescendo mais trimestre após trimestre. O investimento — o investimento privado, o investimento em bens de equipamento — recupera o seu dinamismo. Novas e melhores exportações vencem o desafio da competição externa. Estamos a atravessar com segurança a «ponte» que nos vai levar a uma economia de conhecimento, de inovação e de tecnologia.

O Sr. António Filipe (PCP): — É a ponte sobre o rio Kwai!

O Orador: — A oposição também vê isto, também vê que o País está a avançar. Vê, mas finge que não vê… Tão atenta aos dados, poderia ter referenciado que ainda hoje o Instituto Nacional de Estatística regista nova aceleração da produção industrial e refere que é o 14.º mês consecutivo de aumentos desta produção.
Vão longe os tempos em que estas realidades marcavam a situação económica do País. Felizmente, essas realidades voltaram a ser uma constante no nosso país.
A oposição vê que o País está a avançar. Vê, mas finge que não vê… O País está a avançar e já não volta atrás, para milhares de jovens que estão hoje a iniciar um novo caminho nas nossas escolas básicas e secundárias; para os jovens e as famílias que têm hoje uma escola diferente, a tempo inteiro; para as centenas de milhar de portugueses que assumiram, como nunca, participar na batalha pela qualificação; para as nossas universidades e politécnicos, que estão hoje no rumo da internacionalização e da modernização e para as centenas ou mesmo milhares de pequenas e médias empresas que têm hoje, graças às políticas públicas, mais quadros qualificados, essenciais à sua modernização. Não basta falar das pequenas e médias empresas, é preciso ter políticas e estas são as que as podem ajudar a vencer os desafios do presente! O País está a avançar e não voltará para trás, com a aprovação do novo Quadro de Referência Estratégico Nacional, que, com uma ruptura histórica, afirmou, de forma irrevogável, o caminho a favor da qualificação dos portugueses, da ciência, da inovação e da tecnologia. A oposição também vê isto. Vê, mas finge que não vê… E o País está a avançar nas suas políticas sociais. Está avançar e não voltará para trás com uma nova política de mínimos sociais, uma política de mínimos sociais que não é um rotundo fracasso e atinge, hoje, quase 50 000 idosos com um acréscimo do seu rendimento que ronda os 75 €. E este instrumento de combate à pobreza, que vamos aprofundar, que vamos alargar, é o mais poderoso que já foi construído nas políticas de combate à pobreza para os idosos em Portugal.

Aplausos do PS.

Para aqueles que vêem o novo impulso que foi dado ao investimento dos equipamentos sociais, o País está a mudar. Para as gerações inteiras de portugueses que começam a ver que, ao contrário do que diz a oposição, há um horizonte de confiança para o futuro das suas pensões, o País está a mudar.

O Sr. João Oliveira (PCP): — E o aumento da idade da reforma!