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8 | I Série - Número: 005 | 28 de Setembro de 2007

simples olhar comovido sobre dramas passados. Dá-nos, sim, a oportunidade para, de passagem, reconhecer e reafirmar a nossa amizade transatlântica, que é por sinal mais de nações, firmada em laços de sangue, do que de Estados ou ocasionais governos. E proporciona-nos sobretudo a ocasião para reiterarmos a nossa confiança no valor e na eficácia das instituições democráticas, regionais e nacionais e na sua capacidade para enfrentar e vencer grandes desafios.
Permite-nos ainda confirmar, em relação aos Açores, como Assembleia da República e em nome de todo o povo português, o nosso compromisso solidário para o progresso e face ao infortúnio, sobre o qual se alicerça firmemente a unidade e o futuro de Portugal.

Aplausos do PSD, do PS e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Luiz Fagundes Duarte.

O Sr. Luiz Fagundes Duarte (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Mota Amaral, quero, como açoreano e como português, cumprimentar V. Ex.ª por ter trazido a esta Casa, no dia em que se comemora o cinquentenário da erupção do vulcão dos Capelinhos, a evocação deste fenómeno natural, que, por sua vez, deu origem a um movimento de solidariedade humana e de capacidade de reconstrução que a todos nos honra.
O vulcão dos Capelinhos, hoje em dia, é um símbolo e uma metáfora para todos nós. Costumamos falar na insularidade por tudo e por mais alguma coisa, mas gostaria, relativamente ao vulcão dos Capelinhos, de falar em singularidade em termos vulcanológicos daquele fenómeno, da raridade daquele vulcão no contexto nacional e europeu e, sobretudo, que é aquilo que mais interessa hoje, da fragilidade que representa todo aquele aparelho natural, o qual, hoje em dia, faz parte do nosso património ambiental e natural, mas também do nosso património cultural.
Já que o Sr. Deputado trouxe a esta Casa este tema, gostaria de saber a sua opinião relativamente ao trabalho que tem vindo a ser feito, de há vários anos a esta parte, no sentido de preservar o vulcão dos Capelinhos como monumento nacional, a todo o trabalho feito por vários governos no sentido de consolidar as ruínas, e que agora vai ser transformado num centro de interpretação do vulcão, e sobretudo sobre a consolidação da famosa torre heróica do farol dos Capelinhos, que hoje em dia já ninguém conhece como torre heróica mas que ainda lá está de pé e que se vai manter como símbolo da vontade dos açoreanos em vencer o seu drama natural e, acima de tudo, em transformar os dramas e as tragédias naturais numa dinâmica cultural.
Gostaria que o Sr. Deputado, se assim o entender, manifestasse a sua sábia opinião sobre a maneira como a autonomia regional tem preservado o património natural que é o vulcão dos Capelinhos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Mota Amaral.

O Sr. Mota Amaral (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Luiz Fagundes Duarte, muito obrigado pela sua questão e pelo apoio às considerações que proferi.
Estou totalmente de acordo com o conteúdo da sua intervenção. Considero que a zona do vulcão dos Capelinhos merece ser preservada como uma recordação desse período dramático, mas também como um lugar de estudo e de reflexão. Por isso me congratulo com o projecto que está em curso, da responsabilidade do governo regional, no sentido de instalar nos Capelinhos um centro de interpretação vulcanológica.
Os vulcões são uma constante da História dos Açores. De resto, há relativamente poucos anos, vivemos uma nova erupção vulcânica, essa, felizmente, submarina, no mar, apenas vendo-se as águas a borbulharem, não tendo causado estragos em terra.
Mas estamos sujeitos a esses fenómenos e aprendemos a viver com eles. De outra maneira não teríamos resistido ao longo de cinco séculos, tantos foram os incidentes dessa natureza. Felizmente, por diversas razões que não vem ao caso mencionar, habituámo-nos a deitar a cabeça, à noite, em cima de vulcões activos, que são os vulcões dos Açores.

Aplausos do PSD, do PS e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, encontra-se também a assistir aos nossos trabalhos, na Tribuna do Corpo Diplomático, uma representação de Malta, presidida pelo Presidente do Parlamento daquele país, a quem saudamos.

Aplausos do PS, do PSD, do PCP, do CDS-PP, de Os Verdes (de pé) e do BE.