44 | I Série - Número: 019 | 30 de Novembro de 2007
saudamos, as medidas que têm vindo a ser implementadas para a prestação de mais e melhores cuidados de saúde para os cidadãos do distrito de Évora.
Temos consciência de que a implementação da nova rede de urgências não se faz de um dia para o outro, tem de ser cuidadosamente posta em marcha e amplamente explicada aos cidadãos.
Somos sensíveis ás manifestações de insegurança de muitos cidadãos do distrito de Évora,»
O Sr. João Oliveira (PCP): — Se fossem sensíveis, recuavam!
A Sr.ª Marisa Costa (PS): — » perfeitamente naturais quando estão em causa mudanças profundas em áreas tão sensíveis como são as da saúde.
No entanto, não é vocação primária dos centros de saúde o atendimento de casos graves de urgência ou de emergência, porquanto não possuem, na sua grande maioria, os recursos humanos e tecnológicos adequados a este tipo de assistência clínica.
O Sr. João Oliveira (PCP): — A 70 km, muito menos!
A Sr.ª Marisa Costa (PS): — Tendo presentes estas realidades, desde 2006, tem sido desenvolvido um esforço para reforçar os meios de emergência pré-hospitalar (e aqui ninguém referiu isto): em Março de 2007, entrou em funcionamento uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER), sedeada no Hospital do Espírito Santo EPE; procedeu-se à cobertura total do distrito pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes; desde 16 de Outubro de 2007 que está colocada uma ambulância de suporte imediato de vida (SIV) em Estremoz. A estes meios juntam-se as oito ambulâncias postos de emergência médica (PEM) do INEM, sedeadas nos bombeiros voluntários do distrito, estando uma destas ambulâncias sedeada em Vendas Novas.
A ARS do Alentejo está a articular com o INEM para que este proceda ainda à colocação em Vendas Novas de uma ambulância de suporte básico de vida.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sabia que os bombeiros não têm dinheiro para a gasolina?
A Sr.ª Marisa Costa (PS): — No funcionamento do Centro de Saúde de Vendas Novas foram também introduzidas várias alterações. Ninguém falou dessas alterações.
Desde 28 de Março de 2007, este centro de saúde passou a estar equipado com uma sala de reabilitação e movimento, que serve as necessidades de fisioterapia e de reabilitação dos seus utentes, evitando assim deslocações para outras localidades.
Passou a garantir-se a colheita dos produtos para exames laboratoriais e consequente transporte para o Laboratório de Patologia Clínica do Hospital do Espírito Santo.
Passou a efectuar-se por via electrónica a marcação de consultas de especialidade nesse mesmo hospital.
A ARS do Alentejo está a ultimar a instalação de um equipamento de radiologia convencional, que funcionará nas instalações do Centro de Saúde de Vendas Novas, uma antiga reivindicação dos vendanovenses.
O Sr. Presidente: — Pode concluir, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Marisa Costa (PS): — Concluo de imediato, Sr. Presidente, referindo que o novo modelo de funcionamento definido para o Centro de Saúde de Vendas Novas encontra-se suspenso na sequência de uma providência cautelar proposta pela Càmara Municipal de Vendas Novas,»
O Sr. João Oliveira (PCP): — E da luta justa das populações!
A Sr.ª Marisa Costa (PS): — » a qual aguarda, ainda, julgamento.
No exercício do nosso poder parlamentar de fiscalização da actividade do Ministério da Saúde, o Grupo Parlamentar do PS bater-se-á para que as alterações a realizar conduzam sempre a melhorias na prestação aos cidadãos de cuidados de saúde no Serviço Nacional de Saúde.